Rosas mortas, dor...
A você isso é tudo o que desejo.
Não mais pureza, flor,
Você na cova é tudo o que vejo
A margarida está morta,
Em seu lugar rosas amarelas se proliferam
Como uma doença maligna
Capaz de matar a mais linda
Rosa vermelha...
A anêmona venceu a campainha
Não há mais crisântemos vermelhos,
Nem sequer centáureas, apenas
Cravos-de-defuntos...
Campos infestados de dedaleiras, gencianas,
Gerânios escuros, jacintos e tulipas amarelas
Onde antes haviam rosas brancas, nenúfares,
Crisântemos brancos, camélias, madressilvas
E, principalmente, Girassóis...
Você se lembra quando o miosótis
Era a nossa flor predileta?
Você era minha orquídea, meu lírio, meu
Amor-perfeito...
Agora mando-te uma flor-de-lis
E, junto com a mesma, milhões
De cravos amarelos e,
Quem sabe um dia, terei o prazer
De enfiá-las, uma a uma,
Em seu túmulo.
Valéria Dusaki
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