Fala
Ébria
Linda
Ilícita
Clara
Invisível
Duais verdades
Amor Completo
Dê-me sua lápide
Eu sou seu Eterno
Fé
Alice
Idade
A Felicidade só é una
Dividida em frases
A palavra junta
É uma inútil catarse:
A eternidade é a Sinfonia
Do Amor
Rompendo as veias
Do infinito
Pra quê palavra
Quando o que explode é o Rito?
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Ardendo
Me sinto um cão velho
Cansado de correr atrás das pipas vermelhas
(Sonhos)
Que aparecem no quintal
Mas balões multicolores
Ardendo em fogo e dores
Sempre brotarão do Instinto...
Persigo agora
As pipas vermelhas
Em mim:
Fogo íntimo
No meu céu a fogarear
Cansado de correr atrás das pipas vermelhas
(Sonhos)
Que aparecem no quintal
Mas balões multicolores
Ardendo em fogo e dores
Sempre brotarão do Instinto...
Persigo agora
As pipas vermelhas
Em mim:
Fogo íntimo
No meu céu a fogarear
terça-feira, 15 de outubro de 2019
Sinceridade intacta (inexata)
Nunca escondi minha melancolia.
Talvez fossem os motivos errados
Mas nunca fingi estar lado a lado
Da minha dor amando a anestesia.
A raiva exaure meus nervos pra fora
Contemplo a mágoa em mergulho interno
Na saudade flutuo ileso no inferno
No prazer prezo sua pele no agora
Já quis te fuder sem amor nenhum
Mas olhos em êxtase se sentem um
Mesmo que o futuro assim não se ofereça
Porém mais vale êxtase na cabeça
Que um futuro que a pele não mereça:
Orgulho intacto e amor algum.
Talvez fossem os motivos errados
Mas nunca fingi estar lado a lado
Da minha dor amando a anestesia.
A raiva exaure meus nervos pra fora
Contemplo a mágoa em mergulho interno
Na saudade flutuo ileso no inferno
No prazer prezo sua pele no agora
Já quis te fuder sem amor nenhum
Mas olhos em êxtase se sentem um
Mesmo que o futuro assim não se ofereça
Porém mais vale êxtase na cabeça
Que um futuro que a pele não mereça:
Orgulho intacto e amor algum.
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Versos bêbados para o festival do Isso aqui é DF!
Vim da Arniqueira
Pra CNElvis
A pé, sentindo a alma
No pé, no pau e na pélvis
Com uma Cantina da Serra na beira
Meninos numa praça da QNA
Lembraram-me da minha infância a aprender
A andar, na CNB-8, de bicicleta
Meu pai puto a me ver aprendendo a viver
É a verdade de Taguá:
Eu sou classe média na dor
E classe baixa na atitude
Classe baixa na atitude:
Amor dos Paraíba na atitude
Amor de Ser Humano no AMOR
Pra CNElvis
A pé, sentindo a alma
No pé, no pau e na pélvis
Com uma Cantina da Serra na beira
Meninos numa praça da QNA
Lembraram-me da minha infância a aprender
A andar, na CNB-8, de bicicleta
Meu pai puto a me ver aprendendo a viver
É a verdade de Taguá:
Eu sou classe média na dor
E classe baixa na atitude
Classe baixa na atitude:
Amor dos Paraíba na atitude
Amor de Ser Humano no AMOR
terça-feira, 17 de setembro de 2019
Elegia de uma tarde qualquer
O relógio de dentro quebrou numa tarde de sol
E os mortos perambulam pela casa-solitude
Já quis que o amor ressuscitasse após uma xícara de café,
Mas não é bem assim que o tempo age:
Ele age nessa vontade absurda de te ligar
Nas músicas inacabadas como tal vontade
Como o sonho de pra sempre amar
Que descarrilha como um trem em brasas nessa tarde...
É química essa tristeza
Excessos de fim de semana
Mas que traz o fim da certeza
Que a certeza de si mesma emana
Vá em paz minha grande Dor
Descanse um pouquinho no canto da sala
Sei que debaixo da cama está o Amor
Num futuro instintivo que do presente exala...
E os mortos perambulam pela casa-solitude
Já quis que o amor ressuscitasse após uma xícara de café,
Mas não é bem assim que o tempo age:
Ele age nessa vontade absurda de te ligar
Nas músicas inacabadas como tal vontade
Como o sonho de pra sempre amar
Que descarrilha como um trem em brasas nessa tarde...
É química essa tristeza
Excessos de fim de semana
Mas que traz o fim da certeza
Que a certeza de si mesma emana
Vá em paz minha grande Dor
Descanse um pouquinho no canto da sala
Sei que debaixo da cama está o Amor
Num futuro instintivo que do presente exala...
sábado, 10 de agosto de 2019
Susto estranho
É que teve uma vez que eu te olhei
E parece que sua alma me viu
Eu levei um susto estranho
Com esse espelho que surgiu
E meu espírito meio que quis se esconder
E inteiro quis perscrutar os seus olhos
À vastidão daquele instante quis se render
Segundos nanométricos nos quais ressoa
O Infinito
Eu sei o que aconteceu:
Minha sombra por você
Quis voltar a ser matéria
Não sei o que se deu
Tento encontrar rimas
Prum momento de histeria etérea
Aquele vestido preto
Essa sua pele alva
Alvo futuro da minha língua
Ai, que o tempo permita
Que nosso abraço se torne mais perto
À medida que o tempo mingua...
E parece que sua alma me viu
Eu levei um susto estranho
Com esse espelho que surgiu
E meu espírito meio que quis se esconder
E inteiro quis perscrutar os seus olhos
À vastidão daquele instante quis se render
Segundos nanométricos nos quais ressoa
O Infinito
Eu sei o que aconteceu:
Minha sombra por você
Quis voltar a ser matéria
Não sei o que se deu
Tento encontrar rimas
Prum momento de histeria etérea
Aquele vestido preto
Essa sua pele alva
Alvo futuro da minha língua
Ai, que o tempo permita
Que nosso abraço se torne mais perto
À medida que o tempo mingua...
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Crianças ao Sol
Agora há pouco me senti
Como uma criança deficiente.
Eu a vi há alguns dias perto do hospital de Taguá:
Na cadeira de rodas,
Movimentos imprecisos, quase espasmódicos
A mãe (penso que era a mãe) a empurrava
Triste, mas resoluta.
Mas a criança, bem, a criança
Deleitava-se com o Sol
Meu Deus, que prazer na sua expressão,
E eu, do meu carro olhando, com minha alma paralítica.
Porém hoje minha alma se levantou da cadeira de rodas
E o Sol me lambeu como lambeu aquela alma livre
E na lembrança comungamos juntos a Liberdade Plena.
Nunca foi tão bom
Me sentir
Como uma criança deficiente.
Como uma criança deficiente.
Eu a vi há alguns dias perto do hospital de Taguá:
Na cadeira de rodas,
Movimentos imprecisos, quase espasmódicos
A mãe (penso que era a mãe) a empurrava
Triste, mas resoluta.
Mas a criança, bem, a criança
Deleitava-se com o Sol
Meu Deus, que prazer na sua expressão,
E eu, do meu carro olhando, com minha alma paralítica.
Porém hoje minha alma se levantou da cadeira de rodas
E o Sol me lambeu como lambeu aquela alma livre
E na lembrança comungamos juntos a Liberdade Plena.
Nunca foi tão bom
Me sentir
Como uma criança deficiente.
Mimimi de dar Dó
É tanto Mimimi
Ai, é de dar Dó
Que fica foda a rima com Fá.
Me deixa ver o Sol!
Sai de Ré, voa!
Prefiro ir pra Lá, onde o Lá ressoa...
E te deixar fora de Si.
Ai, é de dar Dó
Que fica foda a rima com Fá.
Me deixa ver o Sol!
Sai de Ré, voa!
Prefiro ir pra Lá, onde o Lá ressoa...
E te deixar fora de Si.
quarta-feira, 17 de julho de 2019
Amálga(l)mas
Eu sou um acidente astrológico
Uma aberração ilógica
Da lógica mal formulada
O tudo preenchido de Nada
Qual seria minha finalidade histórica?
Um comunista mortal na Perestroika
Ou nazista na guerra civil espanhola
Ou só um tapete que se desenrola?
Sou o tudo preenchido de Nada
Como esse sol cura minha alma
Alma que nem sei se tenho mais
Das amálgamas estelares sou a amálgama
Gravidade perdida no Abismo
Um sem-fim que dentro de mim tanto faz
Eu sou o infinito em seus olhos
Uma aberração ilógica
Da lógica mal formulada
O tudo preenchido de Nada
Qual seria minha finalidade histórica?
Um comunista mortal na Perestroika
Ou nazista na guerra civil espanhola
Ou só um tapete que se desenrola?
Sou o tudo preenchido de Nada
Como esse sol cura minha alma
Alma que nem sei se tenho mais
Das amálgamas estelares sou a amálgama
Gravidade perdida no Abismo
Um sem-fim que dentro de mim tanto faz
Eu sou o infinito em seus olhos
quinta-feira, 16 de maio de 2019
quarta-feira, 1 de maio de 2019
Uma vez em Beirute...
Em cada dança de volúpia sagrada
Em cada cabelo de mel e sorvetes de flocos
Algodões-nuvens nefastas
Anunciando a chuva-mesquinhez de Cantina e ódio
No Paraíso da minha Vida de Amor.
Amor não é Amor,
São os ensinamentos de Amor
Que ressuscitam em Seu Túmulo.
Do Túmulo do Amor brotamos incessantemente
Em lembranças revistas em telas
Maravilhosas de Presente presente
E a saudade dá lugar a uma não-sei-quê Eterno...
Minha Mestra-Aprendiz do Amor:
Fez-me Mestre-Aprendiz do Amor.
Em cada cabelo de mel e sorvetes de flocos
Algodões-nuvens nefastas
Anunciando a chuva-mesquinhez de Cantina e ódio
No Paraíso da minha Vida de Amor.
Amor não é Amor,
São os ensinamentos de Amor
Que ressuscitam em Seu Túmulo.
Do Túmulo do Amor brotamos incessantemente
Em lembranças revistas em telas
Maravilhosas de Presente presente
E a saudade dá lugar a uma não-sei-quê Eterno...
Minha Mestra-Aprendiz do Amor:
Fez-me Mestre-Aprendiz do Amor.
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Minha Surreal
Hoje eu sonhei e acordei várias vezes
Não, não estava dormindo (será?)
Envolto nas considerações estatísticas do empirismo maçônico
Com pitadas dionisíacas nos músculos de Apolo,
Revoluções no invólucro das mentes tão pequenas
(Ou não)
Veio uma pétala (opa!)
É que preciso repensar os sistemas educacionais da década de 70
Os militares e o teatro
A tecnologia do caos perfeito
Mais uma pétala
Caindo bem devagarinho
É o seu sorriso
Não, deixa eu pensar...
Devemos derrotá-los com avaliações libertadoras
Combatendo o tecnicismo que acorrenta corpos e mentes
O caule lindo e seus espinhos
Nunca quis tanto lamber espinhos
Espinhos, sinos,
Lamber sinos
Mas é que a complicação do mundo vem da falta de Amor e inteligência emocional
Sua voz
E seu toque? Cadê?
Acho que você se chama
Surreal
Minha Simreal...
Não, não estava dormindo (será?)
Envolto nas considerações estatísticas do empirismo maçônico
Com pitadas dionisíacas nos músculos de Apolo,
Revoluções no invólucro das mentes tão pequenas
(Ou não)
Veio uma pétala (opa!)
É que preciso repensar os sistemas educacionais da década de 70
Os militares e o teatro
A tecnologia do caos perfeito
Mais uma pétala
Caindo bem devagarinho
É o seu sorriso
Não, deixa eu pensar...
Devemos derrotá-los com avaliações libertadoras
Combatendo o tecnicismo que acorrenta corpos e mentes
O caule lindo e seus espinhos
Nunca quis tanto lamber espinhos
Espinhos, sinos,
Lamber sinos
Mas é que a complicação do mundo vem da falta de Amor e inteligência emocional
Sua voz
E seu toque? Cadê?
Acho que você se chama
Surreal
Minha Simreal...
quinta-feira, 11 de abril de 2019
Do Ouro a Flor
Fazia obras de arte no ar com as mãos
Sangrava poesia pelos olhos
Vívidos, refulgente afeição
Exalamos a mesma loucura dos poros
Risos que embriagam mais do que o álcool
Mitos que derrubamos: quatro mãos, um machado
Porém deixo dentro de mim um morto salvo
Um náufrago com o mar na mente mesmo achado
Vá com seu toque pra pele do outro
Vá e doe seu refulgente ouro
Prum minerador mais competente
Passou rente a flecha do Amor
Que a jaula do esterno não minere a dor
Mas que a próxima seja a que é eternamente
Flor de Ouro
Subindo
Das minas
De mim
Sangrava poesia pelos olhos
Vívidos, refulgente afeição
Exalamos a mesma loucura dos poros
Risos que embriagam mais do que o álcool
Mitos que derrubamos: quatro mãos, um machado
Porém deixo dentro de mim um morto salvo
Um náufrago com o mar na mente mesmo achado
Vá com seu toque pra pele do outro
Vá e doe seu refulgente ouro
Prum minerador mais competente
Passou rente a flecha do Amor
Que a jaula do esterno não minere a dor
Mas que a próxima seja a que é eternamente
Flor de Ouro
Subindo
Das minas
De mim
sexta-feira, 5 de abril de 2019
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Uma Árvore no Bairro
À luz sonora de J. M.
Há algum tempo, eu e minha ex-namorada plantamos, ambos, uma árvore cada num parque. Um lindo dia: evento num espaço da comunidade, ideias fervilhando nas ideias, eu e meu Amor reluzindo nosso Amor à luz do sol plantando árvores, que talvez se transfigurassem em filhos e num eterno gozo do Corpo e da Alma (mas se até a vida não dura a vida inteira... Tudo bem, tudo bem. A realidade é maravilhosa pelo sonho que a perfuma). Iríamos consertar nossa alma consertando a alma dos meninos e meninas da comunidade junto com nossa amiga que organizara o evento. Eternos momentos.
Depois tudo se esvaiu. E voltou à perfeição. E correu como uma menina-zumbi louca desembestada no mesmo parque. Depois tal qual borboleta-fênix voltamos do inferno de nossas consciências... Vários big-bangs dentro de nossos quartos, não é mesmo? Finalmente fomos embora um do outro, ainda sedentos do arrepio perdido pela estrada destruída rumo ao paraíso...
Após alguns anos, retorno ao parque. Procuro minha árvore, já não sei onde a plantei. Procuro a dela: muito menos me recordo. Estão por entre as outras da turma, secretamente me observando e rindo de mim tal qual nossos filhos se escondendo nos lençóis do sonho revelado em algum momento de um gesto sublime apenas... Mas, imediatista que sou, me entristeço com a brincadeira e penso que os perdi, a culpa foi minha, e as árvores-filhas não gritam por mim por mágoa do abandono... Bem, o que fazer agora, se não tenho mais meus filhos nem a mãe do Amor?
Resolvi adotar uma então. Pensei: qual adoto? Achei egoísta e sem propósito adotar uma já estabelecida, saudável... Então peguei um copo, fui ao bebedouro, o enchi de água, e fui dar de beber à segunda criaturazinha da direita pra esquerda, da primeira fileira do primeiro quadrante tendo como referência a administração do parque (não vou mais esquecer!). Havia um funcionário adubando as árvores. Cumprimentei-o para ele não achar que eu era o doidinho das árvores (ou para fingir melhor que eu não sou, hehehe). Simpático, ele retribuiu. Comentei sobre a árvore que eu plantara. Ele citou a célebre frase: “Todos devem plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho”. Concordei. Legal ele.
A árvore está magrinha, frágil, tal qual meu Amor pelas coisas hoje. Mas levantei da cama mesmo assim, e fui enfrentar o mundo deixando-o me envolver com sua parte de carinho e pensamentos bons. E adotei essa criatura que agora apelido de Verde Amor. Quem sabe ela cresça, na mesma não-medida que o Amor dentro de mim, e quando ela estiver bem forte eu terei esquecido meu Amor por ela, pois Ele terá sido perfeitamente passado pra ela, e eu não precisarei mais contabilizar meu egoísmo na realização dela em mim: bastará a felicidade dela, no seu esplendor independente, e o meu humilde orgulho, como quem molda uma linda oração pra uma Deusa que já existe (Poesia é a Deusa-Vida moldada em olhos de horror de Amor vomitados ritualisticamente no papel). Não é a minha filha exata, até porque é o Amor que se ajusta ao Amado: o que importa é o amar, e não o quê ou quem se ama.
Peraí: vai que é minha filha!!!!?...
Há algum tempo, eu e minha ex-namorada plantamos, ambos, uma árvore cada num parque. Um lindo dia: evento num espaço da comunidade, ideias fervilhando nas ideias, eu e meu Amor reluzindo nosso Amor à luz do sol plantando árvores, que talvez se transfigurassem em filhos e num eterno gozo do Corpo e da Alma (mas se até a vida não dura a vida inteira... Tudo bem, tudo bem. A realidade é maravilhosa pelo sonho que a perfuma). Iríamos consertar nossa alma consertando a alma dos meninos e meninas da comunidade junto com nossa amiga que organizara o evento. Eternos momentos.
Depois tudo se esvaiu. E voltou à perfeição. E correu como uma menina-zumbi louca desembestada no mesmo parque. Depois tal qual borboleta-fênix voltamos do inferno de nossas consciências... Vários big-bangs dentro de nossos quartos, não é mesmo? Finalmente fomos embora um do outro, ainda sedentos do arrepio perdido pela estrada destruída rumo ao paraíso...
Após alguns anos, retorno ao parque. Procuro minha árvore, já não sei onde a plantei. Procuro a dela: muito menos me recordo. Estão por entre as outras da turma, secretamente me observando e rindo de mim tal qual nossos filhos se escondendo nos lençóis do sonho revelado em algum momento de um gesto sublime apenas... Mas, imediatista que sou, me entristeço com a brincadeira e penso que os perdi, a culpa foi minha, e as árvores-filhas não gritam por mim por mágoa do abandono... Bem, o que fazer agora, se não tenho mais meus filhos nem a mãe do Amor?
Resolvi adotar uma então. Pensei: qual adoto? Achei egoísta e sem propósito adotar uma já estabelecida, saudável... Então peguei um copo, fui ao bebedouro, o enchi de água, e fui dar de beber à segunda criaturazinha da direita pra esquerda, da primeira fileira do primeiro quadrante tendo como referência a administração do parque (não vou mais esquecer!). Havia um funcionário adubando as árvores. Cumprimentei-o para ele não achar que eu era o doidinho das árvores (ou para fingir melhor que eu não sou, hehehe). Simpático, ele retribuiu. Comentei sobre a árvore que eu plantara. Ele citou a célebre frase: “Todos devem plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho”. Concordei. Legal ele.
A árvore está magrinha, frágil, tal qual meu Amor pelas coisas hoje. Mas levantei da cama mesmo assim, e fui enfrentar o mundo deixando-o me envolver com sua parte de carinho e pensamentos bons. E adotei essa criatura que agora apelido de Verde Amor. Quem sabe ela cresça, na mesma não-medida que o Amor dentro de mim, e quando ela estiver bem forte eu terei esquecido meu Amor por ela, pois Ele terá sido perfeitamente passado pra ela, e eu não precisarei mais contabilizar meu egoísmo na realização dela em mim: bastará a felicidade dela, no seu esplendor independente, e o meu humilde orgulho, como quem molda uma linda oração pra uma Deusa que já existe (Poesia é a Deusa-Vida moldada em olhos de horror de Amor vomitados ritualisticamente no papel). Não é a minha filha exata, até porque é o Amor que se ajusta ao Amado: o que importa é o amar, e não o quê ou quem se ama.
Peraí: vai que é minha filha!!!!?...
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Pensando em você
Sssssssssshhhhhhhh
Uhmmmmmmmmmmmm
Ohnnnnnnnnnnnnnnn.............
Agora há pouco bati uma punheta pensando em você
Ainda sinto a taquicardia em meus músculos
Sempre o faço, mas com você é diferente
Parece que já foi um dia
Verdade a taquicardia
Lambia sua orelha
Provocava sua língua
Tu querias minha saliva
Salivar foi o que pôde
Pois não era o momento
De pouquinho fui descendo
Das auréolas ao mamilo
Tudo bem devagarinho
Mas ao mesmo tempo urgente
Afinal era a gente...
Fui umbigo, fui ao ventre
Odor lindo, passei rente
Chupei as duas virilhas
Odor lindo, passei rente.......
Coxas, dez beijinhos cada,
Pantorrilhas já nem sei
Chupei os dedos, voltei
Pantorrilhas já nem sei
Coxas, cinco beijos cada,
Odor, gosto, penetrei
Toque suave em minhas costas
Enquanto meto em ti viril
Não me importa mais o mundo
Muito menos o Brasil
Olhos de mel, quase glaucos
Me olharam num relance
Como quem nega a alma
A favor do eterno instante
Nesse instante me lembrei
De uma bebida que traguei
Fim de semana passado
Sangue de cobra apimentado
Apimentado...
Uhmmmmmmmmmmmm
Ohnnnnnnnnnnnnnnn.............
Agora há pouco bati uma punheta pensando em você
Ainda sinto a taquicardia em meus músculos
Sempre o faço, mas com você é diferente
Parece que já foi um dia
Verdade a taquicardia
Lambia sua orelha
Provocava sua língua
Tu querias minha saliva
Salivar foi o que pôde
Pois não era o momento
De pouquinho fui descendo
Das auréolas ao mamilo
Tudo bem devagarinho
Mas ao mesmo tempo urgente
Afinal era a gente...
Fui umbigo, fui ao ventre
Odor lindo, passei rente
Chupei as duas virilhas
Odor lindo, passei rente.......
Coxas, dez beijinhos cada,
Pantorrilhas já nem sei
Chupei os dedos, voltei
Pantorrilhas já nem sei
Coxas, cinco beijos cada,
Odor, gosto, penetrei
Toque suave em minhas costas
Enquanto meto em ti viril
Não me importa mais o mundo
Muito menos o Brasil
Olhos de mel, quase glaucos
Me olharam num relance
Como quem nega a alma
A favor do eterno instante
Nesse instante me lembrei
De uma bebida que traguei
Fim de semana passado
Sangue de cobra apimentado
Apimentado...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Mãos em meu rosto (fé)
Preciso fugir dessas mãos em meu rosto
Que procuram tocar a máscara verdadeira.
Só serviria lamber aquele vívido lodo
Do córrego agora onírico da minha infância primeira
Só serve por ora sorver o sangue alcoólico da cobra
Pra conseguir chegar àquela essência perdida.
Meu tio morto e as lembranças de meu pai, agora sobras,
Enfraquecem o sangue até para brotar da ferida...
Mas a força do olhar que vejo no espelho
Não nega o sangue nordestino que centelha
Na essência da luta, pau-de-arara no pé
Mistura de donde vens, de quem vens e quem és:
Seria essa a máscara perfeita
Que nos ludibria sobre a real inexistência da fé?
Que procuram tocar a máscara verdadeira.
Só serviria lamber aquele vívido lodo
Do córrego agora onírico da minha infância primeira
Só serve por ora sorver o sangue alcoólico da cobra
Pra conseguir chegar àquela essência perdida.
Meu tio morto e as lembranças de meu pai, agora sobras,
Enfraquecem o sangue até para brotar da ferida...
Mas a força do olhar que vejo no espelho
Não nega o sangue nordestino que centelha
Na essência da luta, pau-de-arara no pé
Mistura de donde vens, de quem vens e quem és:
Seria essa a máscara perfeita
Que nos ludibria sobre a real inexistência da fé?
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