Repare no céu
Entre cinco e seis da manhã:
É um quase-gozo
O limiar do fim num ciclo tão óbvio quanto secreto
Ciclo escrito em letras garrafais
No fundo da garrafa desse ébrio
Sorvendo as lindas luzes em pingos tão eternais
Quanto estéreis
Transe do trânsito tão silencioso
Quanto a surdez de um surdo pós-Hiroshima
Lindo breu poetizado por pingentes rutilantemente fantásticos
Perfeitamente postos de lado
Desesperançosos sublimados
Redondamente desenganados
Sutilmente cravados
Na orelha de Deus...
Davi Kaus
quarta-feira, 31 de julho de 2013
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Mêta-a-lingüística
Madrugada pegando fogo de fria
Como o gelo que arde pra depois adormecer
Lá fora o Godzilla mia
E as formigas arrancam pés pra fugirem
De você.
Fósforo sem corpo, só cabeça
E mesmo assim eu o acendo...
G--------------------------
O------------------------
T---------------------
E-------------------
I-----------------
R---------------
A-------------
D-----------
E----------
S--------
O-------
L-----
I---
D--
Ã-
O
.
.
.
Quero me entender em versos decassílabos
Mas sempre passa o número de sílabas
E como escrevo de caneta, fica assim.
Quero me tornar essência, mas a essência
Como nome já trai seu significado...
Os versos perfeitos estão em sensações
Que não duram muito
Quase sempre reavivadas por ações
No passado-futuro
E exploro vários tipos de formas
Mas sempre a perfeita é essa:
( ).
Valéria Dusaki
Como o gelo que arde pra depois adormecer
Lá fora o Godzilla mia
E as formigas arrancam pés pra fugirem
De você.
Fósforo sem corpo, só cabeça
E mesmo assim eu o acendo...
G--------------------------
O------------------------
T---------------------
E-------------------
I-----------------
R---------------
A-------------
D-----------
E----------
S--------
O-------
L-----
I---
D--
Ã-
O
.
.
.
Quero me entender em versos decassílabos
Mas sempre passa o número de sílabas
E como escrevo de caneta, fica assim.
Quero me tornar essência, mas a essência
Como nome já trai seu significado...
Os versos perfeitos estão em sensações
Que não duram muito
Quase sempre reavivadas por ações
No passado-futuro
E exploro vários tipos de formas
Mas sempre a perfeita é essa:
( ).
Valéria Dusaki
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Infinito
Eles estão me olhando
Rostos pálidos em escuros cantos
Mantos negros e brancos, que não representam
Ying e Yang. Falam através do
Tic-tac do relógio (tic-tac-tic-tac-estou-
Indo-estou-indo-estou-AQUI)
E não os vejo, me abrindo pelas costas
E enforcando meu coração com suas
Mãos frias.
A geladeira flutuando na cozinha
O corpo boiando na piscina
Agora levitando pela casa
Agora acima da cabeça
E agora uma pedra imensa
Esmagando meus sentidos
Agora transmutados em uno
Medo infinito...
Valéria Dusaki
Rostos pálidos em escuros cantos
Mantos negros e brancos, que não representam
Ying e Yang. Falam através do
Tic-tac do relógio (tic-tac-tic-tac-estou-
Indo-estou-indo-estou-AQUI)
E não os vejo, me abrindo pelas costas
E enforcando meu coração com suas
Mãos frias.
A geladeira flutuando na cozinha
O corpo boiando na piscina
Agora levitando pela casa
Agora acima da cabeça
E agora uma pedra imensa
Esmagando meus sentidos
Agora transmutados em uno
Medo infinito...
Valéria Dusaki
"Com(sem)cursos"
Não desvalorizem minha Arte
Pois eu A sou
Não me ofereçam dinheiro por Ela
Pois eu A dou, como meu amor.
Não A rotulem, sentimento aqui
É a mesma coisa na China
Minha Poesia não é modernista-pós-
Parnasiana-pré-apocalíptica-meta-anti-
Artística-pós-re-nãofaz-enda.
É cardíaca, é vida que conhece
A Vida assim a sentindo, sentidos
Antes subjugados e por isso agora
À flor flamejante da pele. Em
Times New Roman ou Gothic Master Piece,
Não me importa: são meus olhos
Nos seus olhos nossos.
Valéria Dusaki
Pois eu A sou
Não me ofereçam dinheiro por Ela
Pois eu A dou, como meu amor.
Não A rotulem, sentimento aqui
É a mesma coisa na China
Minha Poesia não é modernista-pós-
Parnasiana-pré-apocalíptica-meta-anti-
Artística-pós-re-nãofaz-enda.
É cardíaca, é vida que conhece
A Vida assim a sentindo, sentidos
Antes subjugados e por isso agora
À flor flamejante da pele. Em
Times New Roman ou Gothic Master Piece,
Não me importa: são meus olhos
Nos seus olhos nossos.
Valéria Dusaki
terça-feira, 23 de julho de 2013
A Equação do Cacto
Hoje eu percebi que estava conversando com um cacto
Eu era o cacto
Em tudo me transfiguro: cacto, estrelas, Deus
Num tão longe quanto intrínseco pacto
Que a loucura torna eternamente irremediável
Tanto quanto subverte
Meus pensamentos são tão puros
Que legitimam sua pureza no não-ato
Como uma mão invisível que seguro
E que por ser invisível não desato
Falo com uma pedra mas não falo com minha família
Como violões rezando para Santa Cecília
Sacralizei minha vida em torno da dor
De não conseguir o prazer infinito
Sacralizei dessacralizando-a
Numa imantação racional do absurdo
Paradoxei alma e corpo e mente
Gritei pra chegar a essência do som surdo
Que se esconde no escuro da sala
Que imagino no quarto...
Temo o escuro da sala
Vejo o vulto uno
Velo o vulto uno que se tornou minha consciência
Oca com a agonia do que é oco
Preenchida de epifanias de buracos negros
Epifania no rastro que deixa o desespero de sentir e não entender
Precisando tanto se reconhecer
Em si mesmo
Mas deformado
É uma deformação que eu quero diagramar
É uma equação do nonsense que eu gozo quando resolvo
Urro em línguas tão pré-históricas que nunca existiram
Me arrepio na pele de uma ultra-consciência cósmica
É uma equação do nonsense que eu gozo quando resolvo
É uma equação como qualquer outra...
Eu era o cacto
Em tudo me transfiguro: cacto, estrelas, Deus
Num tão longe quanto intrínseco pacto
Que a loucura torna eternamente irremediável
Tanto quanto subverte
Meus pensamentos são tão puros
Que legitimam sua pureza no não-ato
Como uma mão invisível que seguro
E que por ser invisível não desato
Falo com uma pedra mas não falo com minha família
Como violões rezando para Santa Cecília
Sacralizei minha vida em torno da dor
De não conseguir o prazer infinito
Sacralizei dessacralizando-a
Numa imantação racional do absurdo
Paradoxei alma e corpo e mente
Gritei pra chegar a essência do som surdo
Que se esconde no escuro da sala
Que imagino no quarto...
Temo o escuro da sala
Vejo o vulto uno
Velo o vulto uno que se tornou minha consciência
Oca com a agonia do que é oco
Preenchida de epifanias de buracos negros
Epifania no rastro que deixa o desespero de sentir e não entender
Precisando tanto se reconhecer
Em si mesmo
Mas deformado
É uma deformação que eu quero diagramar
É uma equação do nonsense que eu gozo quando resolvo
Urro em línguas tão pré-históricas que nunca existiram
Me arrepio na pele de uma ultra-consciência cósmica
É uma equação do nonsense que eu gozo quando resolvo
É uma equação como qualquer outra...
Amanhã
O vento frio corta o meu rosto e eu não sinto nada
O sol da manhã parece uma bomba H na minha cara
E não importa o que eu sinta aqui dentro, não demonstro
Irredutível mesmo estando dentro um anjo ou um monstro
Essa noite foi difícil
Muitos, muitos pensamentos
E os que ficaram foram os tristes
Uma noite insensível
Dormente mas com tormentos
Mesmo dormente o tormento existe
Percorro esse caminho triste rumo ao desconhecido
Com essa sensação de alguém que morre já tendo morrido
Talvez o prazer e a dor façam do outro lado nada
Se sofremos gozando igualmente como ser julgados?
A manhã crepuscular
Não verei se concretizar
Assim como não vi os meus planos
O amanhã não mais trairá
O amanhã não mais trará
A esperança de um mais feliz canto.
Valéria Dusaki
O sol da manhã parece uma bomba H na minha cara
E não importa o que eu sinta aqui dentro, não demonstro
Irredutível mesmo estando dentro um anjo ou um monstro
Essa noite foi difícil
Muitos, muitos pensamentos
E os que ficaram foram os tristes
Uma noite insensível
Dormente mas com tormentos
Mesmo dormente o tormento existe
Percorro esse caminho triste rumo ao desconhecido
Com essa sensação de alguém que morre já tendo morrido
Talvez o prazer e a dor façam do outro lado nada
Se sofremos gozando igualmente como ser julgados?
A manhã crepuscular
Não verei se concretizar
Assim como não vi os meus planos
O amanhã não mais trairá
O amanhã não mais trará
A esperança de um mais feliz canto.
Valéria Dusaki
Opostos
A alma humana é imprevisível
Ora humana, ora desprezível
Ora humana, ora tão divina
Os opostos são nossa sina
Estúpidos tão intrigantes
Pelo tamanho da estupidez
Nos lixos tantos diamantes
Em lindos palácios o burguês
Em lindos olhos um vazio
Nas luzes quentes tanto frio
Na lógica tanta demência
Nos vários gritos a dormência
Mas há beleza, eu sei que há
É só querer se esforçar
Pra procurar nesses escombros
Os vários maravilha-sonhos
Sonhos de amores tão febris
De gente linda e tão feliz
De versos fáceis e sinceros
De liberdade como eu quero
Na rua escura e tão vazia
Há dias dentro de uma noite
Num coração que não mais via
A vida fora do açoite.
Valéria Dusaki
Ora humana, ora desprezível
Ora humana, ora tão divina
Os opostos são nossa sina
Estúpidos tão intrigantes
Pelo tamanho da estupidez
Nos lixos tantos diamantes
Em lindos palácios o burguês
Em lindos olhos um vazio
Nas luzes quentes tanto frio
Na lógica tanta demência
Nos vários gritos a dormência
Mas há beleza, eu sei que há
É só querer se esforçar
Pra procurar nesses escombros
Os vários maravilha-sonhos
Sonhos de amores tão febris
De gente linda e tão feliz
De versos fáceis e sinceros
De liberdade como eu quero
Na rua escura e tão vazia
Há dias dentro de uma noite
Num coração que não mais via
A vida fora do açoite.
Valéria Dusaki
segunda-feira, 22 de julho de 2013
"Preces ao vazio?"
As luzes apagadas, mas acesas
Poucos sempre, porém muitos às vezes
Nesse escuro talvez alguém veja
Os muitos ajoelhados em suas preces
Todos gritando enormes cochichos
Perdidos em dilemas do cotidiano
Sem saber todos engolem o lixo
Sabendo só depois de vários anos
Preenchendo o vazio com cocaína
Dispersando o frio com gasolina
Afinal somos nossa destruição
Consumando o autoconsumo
Cada um com sua missão.
Meu coração sentindo, sem sentido
Poucas pessoas bem, muitas tão mal
Cabeça em pé e o coração caído
Tão no começo se sentindo no final
O concreto se personificando
Discretamente descrente ficamos
Concretizando a crença corrente:
Pra continuar vivo, só sendo indiferente.
Valéria Dusaki
Poucos sempre, porém muitos às vezes
Nesse escuro talvez alguém veja
Os muitos ajoelhados em suas preces
Todos gritando enormes cochichos
Perdidos em dilemas do cotidiano
Sem saber todos engolem o lixo
Sabendo só depois de vários anos
Preenchendo o vazio com cocaína
Dispersando o frio com gasolina
Afinal somos nossa destruição
Consumando o autoconsumo
Cada um com sua missão.
Meu coração sentindo, sem sentido
Poucas pessoas bem, muitas tão mal
Cabeça em pé e o coração caído
Tão no começo se sentindo no final
O concreto se personificando
Discretamente descrente ficamos
Concretizando a crença corrente:
Pra continuar vivo, só sendo indiferente.
Valéria Dusaki
Depois da bonança...
Sol em meus cabelos
Céu no meu olhar
Som nos meus ouvidos
Sombra, descansar
Tudo me acalma
Nada me enerva
Bálsamo na alma
Nada me observa
Nada de cinismo
Sentimentos podres
Padres, pedras, risos
A favor das foices
Tudo certo feito
Macarrão domingo
Morte do prefeito
Perfeito, perfeito
No meio da luz um furacão rindo
Baixinho vem vindo um soco no ar
No meio da missa o demônio entrando
Matando o bispo suspenso no ar.
Valéria Dusaki
Céu no meu olhar
Som nos meus ouvidos
Sombra, descansar
Tudo me acalma
Nada me enerva
Bálsamo na alma
Nada me observa
Nada de cinismo
Sentimentos podres
Padres, pedras, risos
A favor das foices
Tudo certo feito
Macarrão domingo
Morte do prefeito
Perfeito, perfeito
No meio da luz um furacão rindo
Baixinho vem vindo um soco no ar
No meio da missa o demônio entrando
Matando o bispo suspenso no ar.
Valéria Dusaki
E você não me sentiu
Não adianta mais
Se enganar pensando que o céu
Um dia pode vir a se tornar terreno,
Aqui é o inferno.
Não continue se enganando desse jeito
Injetando formol no seu peito
Pois te garanto que é bem melhor
Sentir dor do que não sentir nada...
Seu sorriso me fez ter esperança
Sem perceber que o coração se cansa
De esperar que esse sorriso seja por mim
Agora meu espírito se lança
Numa estranha e maldita dança
Com a morte, que parece não ter mais fim.
Por você eu me arrisquei a pensar
Que o amor poderia existir.
Você faz idéia do que me fez sentir?
Eu fui do céu ao inferno
Do possesso de ira e ódio ao terno
Do verão escaldante ao inverno
E tudo isso por alguém que eu nem
Sabia se sabia que eu existia...
Apostei minha alma num jogo de cartas
Marcadas, arrisquei meu espírito
Numa roleta-russa de tambor cheio.
Você, obviamente, me fez puxar o gatilho
Me entreguei por inteiro pra você
E você não me sentiu.
Valéria Dusaki
Se enganar pensando que o céu
Um dia pode vir a se tornar terreno,
Aqui é o inferno.
Não continue se enganando desse jeito
Injetando formol no seu peito
Pois te garanto que é bem melhor
Sentir dor do que não sentir nada...
Seu sorriso me fez ter esperança
Sem perceber que o coração se cansa
De esperar que esse sorriso seja por mim
Agora meu espírito se lança
Numa estranha e maldita dança
Com a morte, que parece não ter mais fim.
Por você eu me arrisquei a pensar
Que o amor poderia existir.
Você faz idéia do que me fez sentir?
Eu fui do céu ao inferno
Do possesso de ira e ódio ao terno
Do verão escaldante ao inverno
E tudo isso por alguém que eu nem
Sabia se sabia que eu existia...
Apostei minha alma num jogo de cartas
Marcadas, arrisquei meu espírito
Numa roleta-russa de tambor cheio.
Você, obviamente, me fez puxar o gatilho
Me entreguei por inteiro pra você
E você não me sentiu.
Valéria Dusaki
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Rala
É um ódio ralo
Gôsto de sopa de prego
Que arranca todos os outros
Socos de percepção
É cego sem pontuação
Desgraça na escuridão
Ilusão de sangue nas mãos
Sendo doce a ilusão
Doce sêco e podre
Podre ilusão
Em profusão, confusão, gestação
Do grande grito de destruição
Por isso minha cabeça é marcada
Por isso o seu olhar é nada
Perto da sanguinolenta
Marcha daquela navalha
Gôsto de sopa de prego
Que arranca todos os outros
Socos de percepção
É cego sem pontuação
Desgraça na escuridão
Ilusão de sangue nas mãos
Sendo doce a ilusão
Doce sêco e podre
Podre ilusão
Em profusão, confusão, gestação
Do grande grito de destruição
Por isso minha cabeça é marcada
Por isso o seu olhar é nada
Perto da sanguinolenta
Marcha daquela navalha
terça-feira, 9 de julho de 2013
Sinos e microfonias
Torrente de emoções sem sentido, LIXO
Corrente de Jesus e Maria, RITO
Como o sono de um sino vazio, LIXO
Aberrações bem à luz do dia, RITO
Ecos do fundo da caverna
Onde eu te espero, baby
Rastejando por entre a merda
Yeah, yeah, yeah, yeah, baby
Não acordei de um sono vadio, NOITE
Me deparei com meu rosto no espelho, DIA
Copo de vinho, vida por um fio, NOITE
Noite: BEIJOS; arame farpado: DIA
Quase que eu vejo o alívio
Com a sorte vi um convívio
Sem a morte, com a certeza
De vida com amor e beleza
Mas as britadeiras voltaram outra vez, NOITE
Pra atirar na cara de vocês, DIA
Até o osso eu odeio a sua luz, DIA
Fico com as microfonias contra a cruz, NOITE.
Valéria Dusaki
Corrente de Jesus e Maria, RITO
Como o sono de um sino vazio, LIXO
Aberrações bem à luz do dia, RITO
Ecos do fundo da caverna
Onde eu te espero, baby
Rastejando por entre a merda
Yeah, yeah, yeah, yeah, baby
Não acordei de um sono vadio, NOITE
Me deparei com meu rosto no espelho, DIA
Copo de vinho, vida por um fio, NOITE
Noite: BEIJOS; arame farpado: DIA
Quase que eu vejo o alívio
Com a sorte vi um convívio
Sem a morte, com a certeza
De vida com amor e beleza
Mas as britadeiras voltaram outra vez, NOITE
Pra atirar na cara de vocês, DIA
Até o osso eu odeio a sua luz, DIA
Fico com as microfonias contra a cruz, NOITE.
Valéria Dusaki
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Mithra Lae
A escuridão me enlouquece
Fazendo do caos, salvação
De um mundo que há tempos se esquece
Que do caos vem a criação
Do chão é que brota a semente;
Do sangue é que se tira a vida;
Não é vivo o que é dormente
Seja ou gozo ou a ferida
Lua, perfeita descrição
Do sentido da existência:
De um lado, a escuridão;
Do outro, a luz tão intensa...
Dentro do peito mora a lua
Girando ao redor da Terra
Querendo que ela seja sua
Porém a Terra não é dela...
A Terra está apaixonada pelo Sol
Que fascina com seu brilho surreal
Enquanto a Lua, apaixonada, fica só
Ficando nesse insuportável inferno astral.
Valéria Dusaki
Fazendo do caos, salvação
De um mundo que há tempos se esquece
Que do caos vem a criação
Do chão é que brota a semente;
Do sangue é que se tira a vida;
Não é vivo o que é dormente
Seja ou gozo ou a ferida
Lua, perfeita descrição
Do sentido da existência:
De um lado, a escuridão;
Do outro, a luz tão intensa...
Dentro do peito mora a lua
Girando ao redor da Terra
Querendo que ela seja sua
Porém a Terra não é dela...
A Terra está apaixonada pelo Sol
Que fascina com seu brilho surreal
Enquanto a Lua, apaixonada, fica só
Ficando nesse insuportável inferno astral.
Valéria Dusaki
Noite de morte eterna
Você está distante do seu melhor dia
Sem droga o bastante pra acabar a agonia
A foice, o negro, a cruz, o revólver
Essa é sua sina: corte, corte, corte
Sua felicidade só antes e depois
O agora é açoite, essa é sua noite a dois
A noite, o medo, sem luz e sem sorte
Essa é sua sina: morte, morte, morte
Vozes-sede, vozes que você não sabe
Mas que vão te jogar num labirinto
Sinto muito, de cortes sim
Vozes-correntes, sedentas por seus gritos
Ritual não se sabe se espiritual
Ou carnal, de morte, sim(...)
Valéria Dusaki
Sem droga o bastante pra acabar a agonia
A foice, o negro, a cruz, o revólver
Essa é sua sina: corte, corte, corte
Sua felicidade só antes e depois
O agora é açoite, essa é sua noite a dois
A noite, o medo, sem luz e sem sorte
Essa é sua sina: morte, morte, morte
Vozes-sede, vozes que você não sabe
Mas que vão te jogar num labirinto
Sinto muito, de cortes sim
Vozes-correntes, sedentas por seus gritos
Ritual não se sabe se espiritual
Ou carnal, de morte, sim(...)
Valéria Dusaki
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