As luzes apagadas, mas acesas
Poucos sempre, porém muitos às vezes
Nesse escuro talvez alguém veja
Os muitos ajoelhados em suas preces
Todos gritando enormes cochichos
Perdidos em dilemas do cotidiano
Sem saber todos engolem o lixo
Sabendo só depois de vários anos
Preenchendo o vazio com cocaína
Dispersando o frio com gasolina
Afinal somos nossa destruição
Consumando o autoconsumo
Cada um com sua missão.
Meu coração sentindo, sem sentido
Poucas pessoas bem, muitas tão mal
Cabeça em pé e o coração caído
Tão no começo se sentindo no final
O concreto se personificando
Discretamente descrente ficamos
Concretizando a crença corrente:
Pra continuar vivo, só sendo indiferente.
Valéria Dusaki
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