Eles estão me olhando
Rostos pálidos em escuros cantos
Mantos negros e brancos, que não representam
Ying e Yang. Falam através do
Tic-tac do relógio (tic-tac-tic-tac-estou-
Indo-estou-indo-estou-AQUI)
E não os vejo, me abrindo pelas costas
E enforcando meu coração com suas
Mãos frias.
A geladeira flutuando na cozinha
O corpo boiando na piscina
Agora levitando pela casa
Agora acima da cabeça
E agora uma pedra imensa
Esmagando meus sentidos
Agora transmutados em uno
Medo infinito...
Valéria Dusaki
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