terça-feira, 23 de julho de 2013

Opostos

A alma humana é imprevisível
Ora humana, ora desprezível
Ora humana, ora tão divina
Os opostos são nossa sina

Estúpidos tão intrigantes
Pelo tamanho da estupidez
Nos lixos tantos diamantes
Em lindos palácios o burguês

Em lindos olhos um vazio
Nas luzes quentes tanto frio
Na lógica tanta demência
Nos vários gritos a dormência

Mas há beleza, eu sei que há
É só querer se esforçar
Pra procurar nesses escombros
Os vários maravilha-sonhos

Sonhos de amores tão febris
De gente linda e tão feliz
De versos fáceis e sinceros
De liberdade como eu quero

Na rua escura e tão vazia
Há dias dentro de uma noite
Num coração que não mais via
A vida fora do açoite.


Valéria Dusaki

Nenhum comentário:

Postar um comentário