A alma humana é imprevisível
Ora humana, ora desprezível
Ora humana, ora tão divina
Os opostos são nossa sina
Estúpidos tão intrigantes
Pelo tamanho da estupidez
Nos lixos tantos diamantes
Em lindos palácios o burguês
Em lindos olhos um vazio
Nas luzes quentes tanto frio
Na lógica tanta demência
Nos vários gritos a dormência
Mas há beleza, eu sei que há
É só querer se esforçar
Pra procurar nesses escombros
Os vários maravilha-sonhos
Sonhos de amores tão febris
De gente linda e tão feliz
De versos fáceis e sinceros
De liberdade como eu quero
Na rua escura e tão vazia
Há dias dentro de uma noite
Num coração que não mais via
A vida fora do açoite.
Valéria Dusaki
Nenhum comentário:
Postar um comentário