sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

As noites de um Poeta (fajuto)

Atravesso a noite mais uma vez
Como uma faca no bucho do tempo...
Ponho Girassóis nos túmulos
Sonhos revelam a realidade
As ruas vazias cheias de espíritos,
Ecos distantes dos que passaram.
Cada segundo que passa é um passo à frente
Da morte. Da Morte (desculpe a
Irreverência, my sweet bloody Lady.)
Garganta sêca. Gole de cerveja
E me sinto um Poeta outra vez...
Eu vi todos na cidade morrerem, e com um
Sorriso no canto da boca e uma caneta
Pra registrar o motivo segui
Rumo à cidade que não sucumbirá:
Meu coração, capital da minha Alma.
Mas a lembrança dos que morreram cria
Um cemitério de zumbis atrás dos meus olhos
A maneira como a rainha enforcada sorria
Me faz arrepiar cada um de meus poros
E a maior comprovação de que o tempo passa
São as pessoas que ficam e as que ficam
No caminho, meu ninho já não é mais
O mesmo também. Como me achar?
O que resta é esperar pela única que acha
Todos e todas. Hello, my sweet bloody Lady...


Valéria Dusaki

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