Eu vi a morte ao lado das minhas decepções
E preferi esquecê-las (as duas)
E dissipadas, decepções decepadas,
Percebi que elas sempre voltam
E ela sempre acaba
E isso não é tão ruim.
Não as quero, apenas percebo
Que são inevitáveis e necessárias.
Na nescidade distinguimos a virtude
Na cidade fica evidente o amor
Coroas de Cristo alérgicas
Mijo asséptico contra arraias
Queimaduras-tatuagens.
Um dia, vindo de lugar nenhum,
Rumo à felicidade, cacei labirintos
Caçoei de mendigos medonhos (risonhos)
Quis me convencer da lógica da
Auto-flagelação cristã. Exausto em Sofrer,
morri. E daí?
Valéria Dusaki
sábado, 31 de agosto de 2013
Parte de mim
Eu acho que temos que nos jogar nos abismos. E na queda despertar pra outra vida. E se for pra se matar, que assumamos as consequências de morrer, que é sentir o que não sabemos: mas saibamos que, então, vida e morte se confundem nas dores e alegrias da incerteza.
Tenho muito medo, sou medroso. Mas é porque o céu é muito grande pra mim. Porém o medo passa um pouco quando vejo o céu da perspectiva do sol. Afinal a essência da perspectiva é sabermos que somos parte isolada ao mesmo tempo que parte integrada do todo.
O pior não é alguns fazerem pouco caso do meu sofrimento, sou eu seguir os anjos caídos pros seus infernos pessoais, fazendo daqueles confusões minhas. A minha dor é minha. E já nem tenho mais raiva dos anjos caídos não entendê-la. Não entendo e nunca vou entender sua dor também. E se quiser conversar para amortecê-la, venha. Só trabalhe a sensibilidade em saber se estou no momento ou não de escutar. Já percebestes que sou um anjo caído também, não é?
Mas sinceramente, cansei de chafurdar na minha própria lama. Minhas penas não merecem essa auto-flagelação. No mínimo são penas sinceras que nasceram dos poros da minha pele.
Parte de mim.
Davi Kaus
Tenho muito medo, sou medroso. Mas é porque o céu é muito grande pra mim. Porém o medo passa um pouco quando vejo o céu da perspectiva do sol. Afinal a essência da perspectiva é sabermos que somos parte isolada ao mesmo tempo que parte integrada do todo.
O pior não é alguns fazerem pouco caso do meu sofrimento, sou eu seguir os anjos caídos pros seus infernos pessoais, fazendo daqueles confusões minhas. A minha dor é minha. E já nem tenho mais raiva dos anjos caídos não entendê-la. Não entendo e nunca vou entender sua dor também. E se quiser conversar para amortecê-la, venha. Só trabalhe a sensibilidade em saber se estou no momento ou não de escutar. Já percebestes que sou um anjo caído também, não é?
Mas sinceramente, cansei de chafurdar na minha própria lama. Minhas penas não merecem essa auto-flagelação. No mínimo são penas sinceras que nasceram dos poros da minha pele.
Parte de mim.
Davi Kaus
terça-feira, 27 de agosto de 2013
LEGODOEGO
VIDAVI
VINDOAVIDA
VIDA VI
VINDOAVIDA
DUVIDA?VIVEAVIDA
VIVIVI
NAOAINDA
VI DAVI
VIVA!VIVA
DUVIDA?VIVEAVIDA
VIVEEVIVA
DASEAVIDA
DUVIDA?DÁSE
DASEAVIDA
DAVI
VIDA
DAVI
VIDA
DAVI
VIDAVIDAVIDAVIDA...
VINDOAVIDA
VIDA VI
VINDOAVIDA
DUVIDA?VIVEAVIDA
VIVIVI
NAOAINDA
VI DAVI
VIVA!VIVA
DUVIDA?VIVEAVIDA
VIVEEVIVA
DASEAVIDA
DUVIDA?DÁSE
DASEAVIDA
DAVI
VIDA
DAVI
VIDA
DAVI
VIDAVIDAVIDAVIDA...
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Impressões sobre o(s) dos Anjos
Os vermes hão de prosperar
Hipérboles já não duram
As tênias das almas cinéreas
As tênues reentrâncias bélicas
Recônditos dos amantes
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
Os vermes não vão transcender
Ao ponto de serem deuses
Paixões não serão eternas
Minúcias em questões tão ínfimas
Agulhas são espadas
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
É fétida a beleza etérea
Pois sempre será ilusória
Então mêta a física no rabo
As vísceras não têm alma, ao lado
Do santo há o demônio
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
Valéria Dusaki
Hipérboles já não duram
As tênias das almas cinéreas
As tênues reentrâncias bélicas
Recônditos dos amantes
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
Os vermes não vão transcender
Ao ponto de serem deuses
Paixões não serão eternas
Minúcias em questões tão ínfimas
Agulhas são espadas
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
É fétida a beleza etérea
Pois sempre será ilusória
Então mêta a física no rabo
As vísceras não têm alma, ao lado
Do santo há o demônio
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
Valéria Dusaki
Letargia da palavra
Macias como miragens
Mirabolantes imagens
Etéreas pastagens
Gado fornecedor de néctar
Para a pastoral clérica (desculpe...)
Idílio afagado e, mesmo inexistente,
Inebria a dor mortal, tornando-nos
Esqualidez mortal, porém.
Desertos em meio a oásis
Oxigênio, preferimos os gases
Monóxido de tristeza (v(s)ãos deslizes...)
Macias como miragens
As palavras vêm como vento vão
De uma maravilhosa Arábia destruída.
Cantos gregorianos-criptorianos
Múmias carregam o peso de dois mil anos
Nas costas de uma alma etérea-histérica.
No meio da cidade há um verde invisível
Lindo, ramagens frondosas, cheiro de hortelã
Sons de risos intermitentes de xamãs
Todos Jonh Lennon e Yoko Ono
Uno, maconha e liberdade e pássaros
Árabes, estadunidenses, brasileiros e apátridas
Juntos num riacho translúcido e vívido
Fogueiras tais quais fogos no céu
E várias cores no fogo a-químico
Um verde invisível.
Valéria Dusaki
Mirabolantes imagens
Etéreas pastagens
Gado fornecedor de néctar
Para a pastoral clérica (desculpe...)
Idílio afagado e, mesmo inexistente,
Inebria a dor mortal, tornando-nos
Esqualidez mortal, porém.
Desertos em meio a oásis
Oxigênio, preferimos os gases
Monóxido de tristeza (v(s)ãos deslizes...)
Macias como miragens
As palavras vêm como vento vão
De uma maravilhosa Arábia destruída.
Cantos gregorianos-criptorianos
Múmias carregam o peso de dois mil anos
Nas costas de uma alma etérea-histérica.
No meio da cidade há um verde invisível
Lindo, ramagens frondosas, cheiro de hortelã
Sons de risos intermitentes de xamãs
Todos Jonh Lennon e Yoko Ono
Uno, maconha e liberdade e pássaros
Árabes, estadunidenses, brasileiros e apátridas
Juntos num riacho translúcido e vívido
Fogueiras tais quais fogos no céu
E várias cores no fogo a-químico
Um verde invisível.
Valéria Dusaki
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
A morte da poesia (ou a vida)
Pra quê palavras,
Se os sentimentos realmente
Sublimes
São indescritíveis?
Valéria Dusaki
Se os sentimentos realmente
Sublimes
São indescritíveis?
Valéria Dusaki
"Quem me dera se fossem só clichês"
Catando os pedaços
Caindo as lágrimas
Olhando sua foto
(Minha foto)
Ficando surdo
Com esse silêncio na alma
Ficando mudo
Sem palavras no grito
Sem razão em pensar muito
Cansado de viver
Esperar por mim no futuro
Escuro, Escufuturo
Ninguém liga (telefone)
Todos ligam (a TV)
A música quer entrar na minha alma
Mas o silêncio virulento a contaminou
E cato as roupas no meu quarto
Como o mendigo cata suas moedas de pedra
Pela rua destruída (mais uma vez)
Então vou cantar o refrão
Afinal, vivo em Eldorado
Já estou em Parságada
Nas fontes amarelas, segui a seta
Dos seus olhos, percorri a gruta
Dos seus poros, parei em mim
Parei no começo do fim
No fim do começo, sempre agonia
A espera de um novo dia.
Valéria Dusaki
Caindo as lágrimas
Olhando sua foto
(Minha foto)
Ficando surdo
Com esse silêncio na alma
Ficando mudo
Sem palavras no grito
Sem razão em pensar muito
Cansado de viver
Esperar por mim no futuro
Escuro, Escufuturo
Ninguém liga (telefone)
Todos ligam (a TV)
A música quer entrar na minha alma
Mas o silêncio virulento a contaminou
E cato as roupas no meu quarto
Como o mendigo cata suas moedas de pedra
Pela rua destruída (mais uma vez)
Então vou cantar o refrão
Afinal, vivo em Eldorado
Já estou em Parságada
Nas fontes amarelas, segui a seta
Dos seus olhos, percorri a gruta
Dos seus poros, parei em mim
Parei no começo do fim
No fim do começo, sempre agonia
A espera de um novo dia.
Valéria Dusaki
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
(Re)Nascimento em Zênite
Até quando será a ultima vez
Que sujo minhas mãos de sangue?
Os mortos se acumulam no armário
Assim como a poeira na TV sempre ligada
Assim como o lixo pútrido em minhas
Vísceras e almas cinéreas
Milhões de almas em milhões de dias
Milhões de noites de êxtase e agonia
Que não se completam
Apenas cercam a prisão-túmulo.
Quero ficar triste não por não fazer
Mas por pular no abismo eterno
De sal e minúsculas partículas de vidro
Dilacerantes até o espírito.
Mania psicótica de me imaginar
No futuro contando sobre um passado
De aventuras, mas estando no presente...
Não existe mais nada! Passado ou futuro,
Culpas ou medos, apenas o gozo
Pelo PRESENTE! PRESENTE! PRESENTE!!!!!!
Ninguém me reconhecerá mais
Serei o fantasma da Meia-noite de Kerouac
Rumo a livros, guerrilhas, músicas
Um sonho rumo à REALIDADE!
SROENAHLOIDADE!!!!!!!!!!!!!!
Valéria Dusaki
Que sujo minhas mãos de sangue?
Os mortos se acumulam no armário
Assim como a poeira na TV sempre ligada
Assim como o lixo pútrido em minhas
Vísceras e almas cinéreas
Milhões de almas em milhões de dias
Milhões de noites de êxtase e agonia
Que não se completam
Apenas cercam a prisão-túmulo.
Quero ficar triste não por não fazer
Mas por pular no abismo eterno
De sal e minúsculas partículas de vidro
Dilacerantes até o espírito.
Mania psicótica de me imaginar
No futuro contando sobre um passado
De aventuras, mas estando no presente...
Não existe mais nada! Passado ou futuro,
Culpas ou medos, apenas o gozo
Pelo PRESENTE! PRESENTE! PRESENTE!!!!!!
Ninguém me reconhecerá mais
Serei o fantasma da Meia-noite de Kerouac
Rumo a livros, guerrilhas, músicas
Um sonho rumo à REALIDADE!
SROENAHLOIDADE!!!!!!!!!!!!!!
Valéria Dusaki
Decisões
Foda-se.
Que eu me foda
E não que outro o faça.
Merda,
Que eu me cague
E esfregue na minha própria
Cara. E no espelho.
Quero vontade própria
Nem que seja pra matar-me
E sentir que tenho coragem
De me fuder todo
E encarar que fui o culpado.
Quero decidir:
E tá decidido!
Valéria Dusaki
Que eu me foda
E não que outro o faça.
Merda,
Que eu me cague
E esfregue na minha própria
Cara. E no espelho.
Quero vontade própria
Nem que seja pra matar-me
E sentir que tenho coragem
De me fuder todo
E encarar que fui o culpado.
Quero decidir:
E tá decidido!
Valéria Dusaki
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Elegia
O medo do futuro deixo agora no passado
Meu coração fatigado por pensar na corrida
Não agüenta mais
O ser humano puro, perene, inviolado
É quimera antagônica à lógica da vida
Além de sem graça demais
Me jogo na tempestade pra descobrir novos mundos
No mínimo se eu falhar há a morte no fundo:
Verdade essencial,
Maior das aventuras, então não terei perdido
Se ao invés do Eldorado encontrar meu pai-amigo
Ou o negro abismal
O melhor da poesia é seu combustível:
Sentimentos
Sejam alegrias ou lamentos
Me lembro daquele dia do céu mais incrível:
Tinha ventos
Feéricas nuvens, arrebol sangrento
Frio na barriga, ansiedade e paixão.
Valéria Dusaki
Meu coração fatigado por pensar na corrida
Não agüenta mais
O ser humano puro, perene, inviolado
É quimera antagônica à lógica da vida
Além de sem graça demais
Me jogo na tempestade pra descobrir novos mundos
No mínimo se eu falhar há a morte no fundo:
Verdade essencial,
Maior das aventuras, então não terei perdido
Se ao invés do Eldorado encontrar meu pai-amigo
Ou o negro abismal
O melhor da poesia é seu combustível:
Sentimentos
Sejam alegrias ou lamentos
Me lembro daquele dia do céu mais incrível:
Tinha ventos
Feéricas nuvens, arrebol sangrento
Frio na barriga, ansiedade e paixão.
Valéria Dusaki
Medo
Pensamentos de espírito me seguindo
Flutuando rente ao chão, olhos vidrados;
Exorcistas que vêm de todos os lados
Penetrarem-me demônios sempre rindo...
Dá vontade de correr até o nada
E parado então vou perdendo o fôlego.
Depois passos de mil anos para eu, sôfrego,
Voltar ao quarto escuro que é a entrada
Rumo aos sonhos que seriam meu refúgio,
Porém mais um leviano engano, fútil:
Sempre atrás de mim mas nunca posso ver...
Sensação do meu eterno perecer
De não ver os mortos, mas só perceber
Que serei na Terra seu subterfúgio.
Valéria Dusaki
Flutuando rente ao chão, olhos vidrados;
Exorcistas que vêm de todos os lados
Penetrarem-me demônios sempre rindo...
Dá vontade de correr até o nada
E parado então vou perdendo o fôlego.
Depois passos de mil anos para eu, sôfrego,
Voltar ao quarto escuro que é a entrada
Rumo aos sonhos que seriam meu refúgio,
Porém mais um leviano engano, fútil:
Sempre atrás de mim mas nunca posso ver...
Sensação do meu eterno perecer
De não ver os mortos, mas só perceber
Que serei na Terra seu subterfúgio.
Valéria Dusaki
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