Macias como miragens
Mirabolantes imagens
Etéreas pastagens
Gado fornecedor de néctar
Para a pastoral clérica (desculpe...)
Idílio afagado e, mesmo inexistente,
Inebria a dor mortal, tornando-nos
Esqualidez mortal, porém.
Desertos em meio a oásis
Oxigênio, preferimos os gases
Monóxido de tristeza (v(s)ãos deslizes...)
Macias como miragens
As palavras vêm como vento vão
De uma maravilhosa Arábia destruída.
Cantos gregorianos-criptorianos
Múmias carregam o peso de dois mil anos
Nas costas de uma alma etérea-histérica.
No meio da cidade há um verde invisível
Lindo, ramagens frondosas, cheiro de hortelã
Sons de risos intermitentes de xamãs
Todos Jonh Lennon e Yoko Ono
Uno, maconha e liberdade e pássaros
Árabes, estadunidenses, brasileiros e apátridas
Juntos num riacho translúcido e vívido
Fogueiras tais quais fogos no céu
E várias cores no fogo a-químico
Um verde invisível.
Valéria Dusaki
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