Eu acho que temos que nos jogar nos abismos. E na queda despertar pra outra vida. E se for pra se matar, que assumamos as consequências de morrer, que é sentir o que não sabemos: mas saibamos que, então, vida e morte se confundem nas dores e alegrias da incerteza.
Tenho muito medo, sou medroso. Mas é porque o céu é muito grande pra mim. Porém o medo passa um pouco quando vejo o céu da perspectiva do sol. Afinal a essência da perspectiva é sabermos que somos parte isolada ao mesmo tempo que parte integrada do todo.
O pior não é alguns fazerem pouco caso do meu sofrimento, sou eu seguir os anjos caídos pros seus infernos pessoais, fazendo daqueles confusões minhas. A minha dor é minha. E já nem tenho mais raiva dos anjos caídos não entendê-la. Não entendo e nunca vou entender sua dor também. E se quiser conversar para amortecê-la, venha. Só trabalhe a sensibilidade em saber se estou no momento ou não de escutar. Já percebestes que sou um anjo caído também, não é?
Mas sinceramente, cansei de chafurdar na minha própria lama. Minhas penas não merecem essa auto-flagelação. No mínimo são penas sinceras que nasceram dos poros da minha pele.
Parte de mim.
Davi Kaus
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