Os vermes hão de prosperar
Hipérboles já não duram
As tênias das almas cinéreas
As tênues reentrâncias bélicas
Recônditos dos amantes
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
Os vermes não vão transcender
Ao ponto de serem deuses
Paixões não serão eternas
Minúcias em questões tão ínfimas
Agulhas são espadas
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
É fétida a beleza etérea
Pois sempre será ilusória
Então mêta a física no rabo
As vísceras não têm alma, ao lado
Do santo há o demônio
Augusto dos demônios
Ao gosto dos demônios.
Valéria Dusaki
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