Pensamentos de espírito me seguindo
Flutuando rente ao chão, olhos vidrados;
Exorcistas que vêm de todos os lados
Penetrarem-me demônios sempre rindo...
Dá vontade de correr até o nada
E parado então vou perdendo o fôlego.
Depois passos de mil anos para eu, sôfrego,
Voltar ao quarto escuro que é a entrada
Rumo aos sonhos que seriam meu refúgio,
Porém mais um leviano engano, fútil:
Sempre atrás de mim mas nunca posso ver...
Sensação do meu eterno perecer
De não ver os mortos, mas só perceber
Que serei na Terra seu subterfúgio.
Valéria Dusaki
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