quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
O encontro, de Valéria Dusaki (trecho)
"É uma dor desgraçada, essa do encontro. É uma libertação tão difícil, essa do calabouço. Você entende, meu grande Amor. É culpa por não termos visto antes, é desejo por sabermos que iremos ver depois. É paixão diagnosticando o Amor. O gosto da revolta passa, e o conceito do livro é só uma desculpa. Ai que dor que dá prazer, essa da liberdade. É vaidade, é saudade, é medo, sentir o calabouço nunca foi tão gostoso, pois o calor do sol impera em todos os calabouços. A alegria ganha nos corações bons. Permita-se, meu amigo. Sinta que não está sozinho quando as correntes apertam, porque se sentes o aperto dos grilhões você está com você e a vontade de correr pra si mesmo que faz os livres serem realmente livres. Não morra, não há correntes. O prazer de viver está no fato das correntes. De arrebentá-las."
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
De olhos despertos
De olhos fechados
O chão torna-se corda-bamba
E o bumbo no coração
Desata o desequilíbrio errante
De um chão-corda-bamba.
No bambolê do amor
Rebolei até não querer mais um lindo samba
Como uma panicat freak
Sick, sick, babe,
Sick, sick...
De olhos vendados
Pelas suas mãos de veludo e desespero
O chá de camomila se tornou cicuta
O veludo se tornou férreo
E o adeus despertou logo no começo
Como um pássaro preso
Em pleno ar
E de olhos despertos
Enxergo a criança nas noites de sexo
Que eu era
Como você
Desesperados pelo gozo tão eterno
Quanto fugidio
De olhos fechados...
O chão torna-se corda-bamba
E o bumbo no coração
Desata o desequilíbrio errante
De um chão-corda-bamba.
No bambolê do amor
Rebolei até não querer mais um lindo samba
Como uma panicat freak
Sick, sick, babe,
Sick, sick...
De olhos vendados
Pelas suas mãos de veludo e desespero
O chá de camomila se tornou cicuta
O veludo se tornou férreo
E o adeus despertou logo no começo
Como um pássaro preso
Em pleno ar
E de olhos despertos
Enxergo a criança nas noites de sexo
Que eu era
Como você
Desesperados pelo gozo tão eterno
Quanto fugidio
De olhos fechados...
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Seita secreta
Tenho tentado desfazer
Esse emaranhado de teias imperfeitas
Traçadas por essa aranha pervertida
Que se tornou meu coração.
É uma carência que caça o Amor
Como se caça uma lembrança fugidia
Pra aproveitar o eterno último estertor
Que irá completar o vazio dos dias...
Admita que perdeu
Mas reconheça que tentou
Não curve-se a si mesmo
Como se fostes um ditador;
A vida é feita de erros
Mas vendo com bons olhos
O que parece escombros
É o mapa das estrelas do Cosmos...
E as teias imperfeitas
Vindas dessa aranha pervertida
Se tornarão frases de uma seita:
A seita secreta da minha vida.
Esse emaranhado de teias imperfeitas
Traçadas por essa aranha pervertida
Que se tornou meu coração.
É uma carência que caça o Amor
Como se caça uma lembrança fugidia
Pra aproveitar o eterno último estertor
Que irá completar o vazio dos dias...
Admita que perdeu
Mas reconheça que tentou
Não curve-se a si mesmo
Como se fostes um ditador;
A vida é feita de erros
Mas vendo com bons olhos
O que parece escombros
É o mapa das estrelas do Cosmos...
E as teias imperfeitas
Vindas dessa aranha pervertida
Se tornarão frases de uma seita:
A seita secreta da minha vida.
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Sobre o nosso Amor
As pessoas querem é amar,
E não serem amadas.
O Amor do outro é o estopim
O Amor do outro é o sim
Que falta pra completar
O nosso Amor por nós mesmos.
Não amamos sozinhos
Quem ama sozinho
As lembranças o traem
Como pontes invisíveis para o coração da amada
E do amado.
Eu amo quem não me ama
E isso basta
Claro que não por muito tempo
Mas os sonhos são o remendo da minha alma desiludida com o Sol
É porque quem ama se descobre
E quem é amado muitas vezes
Se esconde na vaidade...
Só é amado quem sabe amar
Tal qual o toque na pele do outro
Sem tocar
Olhares que se tocam
Meu Don Juan castanho
Numa valsa com sua Menina-dos-olhos
Também castanha
Numa savana africana qualquer...
Eu só quero amar
E ser amado pra reconhecer meu céu
No seu céu.
E não serem amadas.
O Amor do outro é o estopim
O Amor do outro é o sim
Que falta pra completar
O nosso Amor por nós mesmos.
Não amamos sozinhos
Quem ama sozinho
As lembranças o traem
Como pontes invisíveis para o coração da amada
E do amado.
Eu amo quem não me ama
E isso basta
Claro que não por muito tempo
Mas os sonhos são o remendo da minha alma desiludida com o Sol
É porque quem ama se descobre
E quem é amado muitas vezes
Se esconde na vaidade...
Só é amado quem sabe amar
Tal qual o toque na pele do outro
Sem tocar
Olhares que se tocam
Meu Don Juan castanho
Numa valsa com sua Menina-dos-olhos
Também castanha
Numa savana africana qualquer...
Eu só quero amar
E ser amado pra reconhecer meu céu
No seu céu.
sábado, 7 de novembro de 2015
Emanar Amor
Sinto saudade das suas roupas espalhadas
Dentro do meu coração
Mas, forçadamente,
Tive que fazer a arrumação.
Porém como varrer a aura dos pensamentos
Pra debaixo dos tapetes?
Não são simples roupas sujas
Os meus antigos quereres...
E nessa casa vazia ecoam sonhos solitários
Na cozinha não preparo mais pão pra ninguém
Não preparo mais chá pra ninguém
E minha vontade de emanar Amor fica presa na garganta
E escorre pelo rosto
Triste
Tísico
Tosco...
Seja muito feliz
Te amo como quem abraça um sonho
E acaricia o sonho
O sonho da minha essência sendo o passado mais feliz
E o futuro que emana
Dos seus olhares mais perfeitos
Pra mim.
Dentro do meu coração
Mas, forçadamente,
Tive que fazer a arrumação.
Porém como varrer a aura dos pensamentos
Pra debaixo dos tapetes?
Não são simples roupas sujas
Os meus antigos quereres...
E nessa casa vazia ecoam sonhos solitários
Na cozinha não preparo mais pão pra ninguém
Não preparo mais chá pra ninguém
E minha vontade de emanar Amor fica presa na garganta
E escorre pelo rosto
Triste
Tísico
Tosco...
Seja muito feliz
Te amo como quem abraça um sonho
E acaricia o sonho
O sonho da minha essência sendo o passado mais feliz
E o futuro que emana
Dos seus olhares mais perfeitos
Pra mim.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Monstros
Monstro criando monstro
Mãos ávidas por dor
Espelho criando cacos
Os cacos antes pétalas da flor
Bomba criando estrondo
Monstro ressoando no monstro
O chão se arrastando
No réptil
Deus tirano decapitando
O cético
Atrocidades reduzidas
A miudezas no jornal
Sendo que sua essência desumana
É garrafal
Tantos nomes que nascem das letras
Num feitiço-fetiche que ninguém pode evitar
De onde saem rezas de amor impossíveis
Ou monstros horrendos do fundo do mar.
Mãos ávidas por dor
Espelho criando cacos
Os cacos antes pétalas da flor
Bomba criando estrondo
Monstro ressoando no monstro
O chão se arrastando
No réptil
Deus tirano decapitando
O cético
Atrocidades reduzidas
A miudezas no jornal
Sendo que sua essência desumana
É garrafal
Tantos nomes que nascem das letras
Num feitiço-fetiche que ninguém pode evitar
De onde saem rezas de amor impossíveis
Ou monstros horrendos do fundo do mar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Casa
Vou me embrenhar nessa nuvem tétrica
E nela cultivarei minhas asas
Será um vôo maravilhoso rumo aos teus braços
Será o significado de Casa
Hoje todos os erros caíram em minha memória
Como a altura me levando ao chão do poço
Nem me sinto digno da minha tristeza
Meus músculos não respeitam meu osso
Não é mais amor, é pura vaidade
Essa que me fez cego pra sua Beleza
Essa que descolore a cidade
Nos olhos vazios dessa opaca tristeza...
Reviva! Lute contra si mesmo
Estapeie o amigo infiel
Pra que ele caia em si mesmo!
Reviva! Reescreva seu testamento
Contra esse ardiloso céu
De quem suicida a esmo!
Quando nos entregamos ao outro
Quem cuida do outro?
É um egoísmo travestido de altruísmo
Doarmos todo nosso ouro...
Nunca mais faço isso
Me jogar no precipício
Pra que o outro me apare lá embaixo...
Vou me embrenhar nessa nuvem tétrica
E nela cultivarei minhas asas
Será um vôo maravilhoso rumo ao nosso quarto
Parte mais gostosa da nossa futura Casa.
E nela cultivarei minhas asas
Será um vôo maravilhoso rumo aos teus braços
Será o significado de Casa
Hoje todos os erros caíram em minha memória
Como a altura me levando ao chão do poço
Nem me sinto digno da minha tristeza
Meus músculos não respeitam meu osso
Não é mais amor, é pura vaidade
Essa que me fez cego pra sua Beleza
Essa que descolore a cidade
Nos olhos vazios dessa opaca tristeza...
Reviva! Lute contra si mesmo
Estapeie o amigo infiel
Pra que ele caia em si mesmo!
Reviva! Reescreva seu testamento
Contra esse ardiloso céu
De quem suicida a esmo!
Quando nos entregamos ao outro
Quem cuida do outro?
É um egoísmo travestido de altruísmo
Doarmos todo nosso ouro...
Nunca mais faço isso
Me jogar no precipício
Pra que o outro me apare lá embaixo...
Vou me embrenhar nessa nuvem tétrica
E nela cultivarei minhas asas
Será um vôo maravilhoso rumo ao nosso quarto
Parte mais gostosa da nossa futura Casa.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Mudo
E se eu mudasse tudo agora
Como se Deus se infiltrasse nas horas?
Agora
Agora
Agora
Agora
Agora
Agora
...
Como se Deus se infiltrasse nas horas?
Agora
Agora
Agora
Agora
Agora
Agora
...
Clarice disse
Começo a cantar baixinho
Quase dói
É um canto bem no canto
É um santo nascendo
A morte definhando
Minha voz é um santo no canto
Canto santo
Sinto o átomo
Na garganta
Meio engasgado
Mas livre
É o Blues brotando no recôndito da Alma
Sem desespero, apenas triste
Mas lindo
É a beleza da minha linda Clarice
Tudo que escrevo ela já disse
Clarice disse:
Eu só a amo.
Quase dói
É um canto bem no canto
É um santo nascendo
A morte definhando
Minha voz é um santo no canto
Canto santo
Sinto o átomo
Na garganta
Meio engasgado
Mas livre
É o Blues brotando no recôndito da Alma
Sem desespero, apenas triste
Mas lindo
É a beleza da minha linda Clarice
Tudo que escrevo ela já disse
Clarice disse:
Eu só a amo.
sábado, 10 de outubro de 2015
O amém do gozo.
O amanhã é grande. Quase eterno às vezes. Uma sangria desatada pelo hoje. Mas o amanhã é o que nos resta também. Só os ressentidos pelo hoje cospem no amanhã, e o ressentimento é uma caixinha de surpresas horrível, pois assim é traída a essência da caixinha de surpresa. Não vilipendiemos a essência da caixinha de surpresa. A melhor vida é a da caixinha de surpresa, é a única vida na verdade, são os sonhos fantásticos de hoje num mistério de epifanias óbvias que contém uma ligação tão sincera quanto as batidas do coração de agora que ressoam no futuro.
Mas não nos sintamos mal em duvidar do amanhã. Duvidar do amanhã é só para aqueles que amam o hoje e respeitam o poder da evolução. Mas dói acreditar nesse santo, nessa promessa que de tão linda a queremos pra sempre, e às vezes a mantemos só para nos perdemos nesse mundo perfeito de estrelas e cascatas de musas intocáveis que queremos desintegrá-las em nossas vísceras pra que curem nossas úlceras causadas por elas mesmas. Ah, nessa úlcera lancinante permeia o gozo mais profundo do ser humano: o amanhã no hoje.
O amanhã no hoje.
O amanhã no hoje.
O amém do gozo.
Mas não nos sintamos mal em duvidar do amanhã. Duvidar do amanhã é só para aqueles que amam o hoje e respeitam o poder da evolução. Mas dói acreditar nesse santo, nessa promessa que de tão linda a queremos pra sempre, e às vezes a mantemos só para nos perdemos nesse mundo perfeito de estrelas e cascatas de musas intocáveis que queremos desintegrá-las em nossas vísceras pra que curem nossas úlceras causadas por elas mesmas. Ah, nessa úlcera lancinante permeia o gozo mais profundo do ser humano: o amanhã no hoje.
O amanhã no hoje.
O amanhã no hoje.
O amém do gozo.
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
Monalisa ao acaso
Sem referências literárias:
É A MINHA VIDA.
Agora você vai ler
A Poesia mais melosa,
Trágica,
Epopeica,
Com palavras que nem sei ao certo o que dizem
Mas sinto
No fundo da minha alma torturada,
Desgraçada,
Pungente,
Fantasmagórica,
Lancinantemente, retumbantemente
Mentirosa.
É a dor dos culpados,
Dos mimados pela vida que pelo simples fato da maçã e da serpente
Resolveram enfiar entranha abaixo as duas
Sem dó pelos três.
Eu sempre senti a solidão nos seus olhos
Não nos cantos, não na cor incerta que resplandecia a sua Alma
Mas porque estava nos meus.
Então que Deus desça agora
E me diga sobre a glória do tentar
Sabendo que a Morte nos habita
Sabendo que, entre um copo e outro,
Ela ri em gotículas ácidas
Em 1% desses rios plácidos e reluzentes do nosso Amor
Agora merecido em final de frase, Amor
Como o epitáfio da morte de Deus.
Te impus o drama pra nele tentar reavivar a essência da faísca bombasticamente solar da Paixão
E o que restou foi o Fiuk apresentando o Rock in Rio...
E se ríssemos da desgraça?
E se matássemos a criança já morta na imunda praça?
Mas não seria certo viver todo esse fogaréu
Venerando uma ínfima fumaça...
É isso, o precipício é melhor que essa cova rasa
Meu Amor,
Meu Amor Único.
Siga em frente, meu Amor
E encontre seu próximo no espelho
Sigo com os grilhões invisíveis do meu cérebro
Rezando pra que eles sumam de uma vez
E se sou fraco, não me julguem:
Me reconheçam.
Sou uma peça do quebra-cabeça que não se encaixa
Sendo o quebra-cabeça em si
Tenho poucas histórias, mas pelo menos me atrevo a contá-las
Ah, mas que caralho, não sou muito,
Mas sou!
Não sou múmia,
Sou soul!
E eu quero vários prêmios
Mas não tenho dinheiro e muito menos estômago
Pra comprá-los
E perdão por eu não ser corrupto pra pleitear a minha glória
Mas é que nisso não existe glória alguma
E quero ser um erro que fatalmente se alinha ao perfeito
Por força do Acaso
Quero ser a Monalisa ao acaso,
Pinceladas movidas por uma intuição fantástica
Como aquele artesanato barato de canto de sala
Que esconde o rastro do Impalpável
E quem sintonizar essa TV
Vai respirar o ar no fora do ar...
E que toda Poesia tenha seu fim merecido:
N
E
N
H
U
M
É A MINHA VIDA.
Agora você vai ler
A Poesia mais melosa,
Trágica,
Epopeica,
Com palavras que nem sei ao certo o que dizem
Mas sinto
No fundo da minha alma torturada,
Desgraçada,
Pungente,
Fantasmagórica,
Lancinantemente, retumbantemente
Mentirosa.
É a dor dos culpados,
Dos mimados pela vida que pelo simples fato da maçã e da serpente
Resolveram enfiar entranha abaixo as duas
Sem dó pelos três.
Eu sempre senti a solidão nos seus olhos
Não nos cantos, não na cor incerta que resplandecia a sua Alma
Mas porque estava nos meus.
Então que Deus desça agora
E me diga sobre a glória do tentar
Sabendo que a Morte nos habita
Sabendo que, entre um copo e outro,
Ela ri em gotículas ácidas
Em 1% desses rios plácidos e reluzentes do nosso Amor
Agora merecido em final de frase, Amor
Como o epitáfio da morte de Deus.
Te impus o drama pra nele tentar reavivar a essência da faísca bombasticamente solar da Paixão
E o que restou foi o Fiuk apresentando o Rock in Rio...
E se ríssemos da desgraça?
E se matássemos a criança já morta na imunda praça?
Mas não seria certo viver todo esse fogaréu
Venerando uma ínfima fumaça...
É isso, o precipício é melhor que essa cova rasa
Meu Amor,
Meu Amor Único.
Siga em frente, meu Amor
E encontre seu próximo no espelho
Sigo com os grilhões invisíveis do meu cérebro
Rezando pra que eles sumam de uma vez
E se sou fraco, não me julguem:
Me reconheçam.
Sou uma peça do quebra-cabeça que não se encaixa
Sendo o quebra-cabeça em si
Tenho poucas histórias, mas pelo menos me atrevo a contá-las
Ah, mas que caralho, não sou muito,
Mas sou!
Não sou múmia,
Sou soul!
E eu quero vários prêmios
Mas não tenho dinheiro e muito menos estômago
Pra comprá-los
E perdão por eu não ser corrupto pra pleitear a minha glória
Mas é que nisso não existe glória alguma
E quero ser um erro que fatalmente se alinha ao perfeito
Por força do Acaso
Quero ser a Monalisa ao acaso,
Pinceladas movidas por uma intuição fantástica
Como aquele artesanato barato de canto de sala
Que esconde o rastro do Impalpável
E quem sintonizar essa TV
Vai respirar o ar no fora do ar...
E que toda Poesia tenha seu fim merecido:
N
E
N
H
U
M
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
frágil remendo
Eu sou uma criança
Tentando ser um homem sem caráter
Tentando ser músculos
Que faltam o mais importante:
O CORAÇÃO.
Eu choro por dentro como um bebê abandonado
Gritando aos céus por um Deus
Que ele conhece desconhecendo
Assim como ele mesmo
Se conhece
Desconhecendo...
Me perdoa Amor
Por pedir tanto perdão
Mas é que tal qual uma criança
Eu preciso da atenção
Que o homem sem caráter transformou
Em dinheiro
Com esse olhar de segundo que quer chegar em primeiro
Com esse super bem disfarçado desespero
Que sempre desaba dentro
Desde que a criança foi embora
E levou consigo
O remendo.
Tentando ser um homem sem caráter
Tentando ser músculos
Que faltam o mais importante:
O CORAÇÃO.
Eu choro por dentro como um bebê abandonado
Gritando aos céus por um Deus
Que ele conhece desconhecendo
Assim como ele mesmo
Se conhece
Desconhecendo...
Me perdoa Amor
Por pedir tanto perdão
Mas é que tal qual uma criança
Eu preciso da atenção
Que o homem sem caráter transformou
Em dinheiro
Com esse olhar de segundo que quer chegar em primeiro
Com esse super bem disfarçado desespero
Que sempre desaba dentro
Desde que a criança foi embora
E levou consigo
O remendo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
O Tempo e a Morte
Não levante na manhã
Arme um levante
Contra o amanhã
Que o sol nascente implora por bombas
Que seja o seu reflexo
Seja a porra do sexo
Que explode alegrias eternas
Hoje você vai parar em Viena
E em Bangladesh
Ao mesmo tempo
Ser adubo e cimento
Ao mesmo tempo
Corte mortal e remendo
Ao mesmo tempo
O Tempo e a Morte
Ao mesmo tempo
Arme um levante
Contra o amanhã
Que o sol nascente implora por bombas
Que seja o seu reflexo
Seja a porra do sexo
Que explode alegrias eternas
Hoje você vai parar em Viena
E em Bangladesh
Ao mesmo tempo
Ser adubo e cimento
Ao mesmo tempo
Corte mortal e remendo
Ao mesmo tempo
O Tempo e a Morte
Ao mesmo tempo
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Eu disse que sabia amar
Eu disse que sabia amar. Mas só disse.
Primeiro disse com os olhos naquela tarde de Primavera. Que era decerto outono, mas as flores que planavam no ar e o sabor do cheiro do toque no sol dos seus cabelos certamente me levavam a outra impressão. Acontecia a Primavera da minha vida, então as folhas secas eram meros trailers de filmes que passaram.
-Eu quero a sua alma.
-Então toma.
Tinha dias que eu viajava quarenta anos após o leve aparecimento daquelas rugas, e várias vezes fui profeta da nossa velhice. E era eterna a profecia, mas se eterna, como profetizar? Se uma coisa é eterna, ela já está lá, não há por quê... Mas o Amor nos faz querer profetizar, mesmo quando o eterno pode se espatifar na próxima esquina. E é bom por isso, pois os dias dos Nossos Dias se seguiam eternos na linda fila indiana anárquica e certeira por não querer nada com nada, que é o único jeito de querer tudo... Afinal é perda de tempo e falta de vergonha na cara querer fracionar o Tudo, concorda? A não ser que o Infinito seja nano metricamente dividido, pois assim transparece a paixão pela qual alguém deve se apaixonar e cativar paixões...
-Eu quero seu corpo.
-Então toma.
Ah, o corpo... Eu declamava poesia no meio do coito, eu o coitado mais feliz da face da Terra. E ela retribuía com seus gemidos e seu suor e suas mãos exalando carinhos que só alguém de espírito livre dá e só alguém de espírito livre recebe. Então quase nos tornávamos ar um pro outro de tanta liberdade, salvo a pele que é algo necessário pra chegar até as vísceras da alma... Quando se ama, obviamente. Pois sem Amor as vísceras são vísceras, os membros são membros e o amanhã é de ralação num ônibus lotado. Ralo assim, sem a aura das palavras verdadeiras e a verdadeira Poesia quando declamada no ritmo cardíaco.
Mas, num certo dia, o filme começou a soar repetitivo, e o que imperou foram os trailers... Folhas secas em tudo. O outono virou outono e da primavera em minúsculo não brotava mais nem o maiúsculo da palavra amor. E não me perdoei, e não te perdoei, quis que você morresse pra eu conseguir te ressuscitar dentro de mim, na inútil tentativa de querer guardar o outro num relicário impossível... Nem as coisas merecem um relicário, elas precisam ser visitadas pra que nós nos recordemos de nós mesmos. No mínimo um museu... E não existe um museu pro Amor, pois o Amor não foi feito pra museus:
-Devolva a minha alma...
-Não!
-Devolva o meu corpo...
-Não!
-Mas a Primavera existe independente de nós Meu Amor... Somos ciclo, entende?
-Ok, você venceu... Mas o que faço das lembranças? Virarão simples trailers horrendos outonais preconizadores de um inverno sem fim?
-Nossas lembranças são as rosas que te dei de presente pra que o Inverno no seu coração não desmantele sua Alma. Depois você arranja outra visitante pro seu jardim, mas nunca deixe que outros façam a jardinagem. É impossível.
-Mas eu te amo...
-Mas não. Eu Te Amo.
-Eu Te Amo.
Eu disse que sabia amar. Só disse.
E acreditei.
Primeiro disse com os olhos naquela tarde de Primavera. Que era decerto outono, mas as flores que planavam no ar e o sabor do cheiro do toque no sol dos seus cabelos certamente me levavam a outra impressão. Acontecia a Primavera da minha vida, então as folhas secas eram meros trailers de filmes que passaram.
-Eu quero a sua alma.
-Então toma.
Tinha dias que eu viajava quarenta anos após o leve aparecimento daquelas rugas, e várias vezes fui profeta da nossa velhice. E era eterna a profecia, mas se eterna, como profetizar? Se uma coisa é eterna, ela já está lá, não há por quê... Mas o Amor nos faz querer profetizar, mesmo quando o eterno pode se espatifar na próxima esquina. E é bom por isso, pois os dias dos Nossos Dias se seguiam eternos na linda fila indiana anárquica e certeira por não querer nada com nada, que é o único jeito de querer tudo... Afinal é perda de tempo e falta de vergonha na cara querer fracionar o Tudo, concorda? A não ser que o Infinito seja nano metricamente dividido, pois assim transparece a paixão pela qual alguém deve se apaixonar e cativar paixões...
-Eu quero seu corpo.
-Então toma.
Ah, o corpo... Eu declamava poesia no meio do coito, eu o coitado mais feliz da face da Terra. E ela retribuía com seus gemidos e seu suor e suas mãos exalando carinhos que só alguém de espírito livre dá e só alguém de espírito livre recebe. Então quase nos tornávamos ar um pro outro de tanta liberdade, salvo a pele que é algo necessário pra chegar até as vísceras da alma... Quando se ama, obviamente. Pois sem Amor as vísceras são vísceras, os membros são membros e o amanhã é de ralação num ônibus lotado. Ralo assim, sem a aura das palavras verdadeiras e a verdadeira Poesia quando declamada no ritmo cardíaco.
Mas, num certo dia, o filme começou a soar repetitivo, e o que imperou foram os trailers... Folhas secas em tudo. O outono virou outono e da primavera em minúsculo não brotava mais nem o maiúsculo da palavra amor. E não me perdoei, e não te perdoei, quis que você morresse pra eu conseguir te ressuscitar dentro de mim, na inútil tentativa de querer guardar o outro num relicário impossível... Nem as coisas merecem um relicário, elas precisam ser visitadas pra que nós nos recordemos de nós mesmos. No mínimo um museu... E não existe um museu pro Amor, pois o Amor não foi feito pra museus:
-Devolva a minha alma...
-Não!
-Devolva o meu corpo...
-Não!
-Mas a Primavera existe independente de nós Meu Amor... Somos ciclo, entende?
-Ok, você venceu... Mas o que faço das lembranças? Virarão simples trailers horrendos outonais preconizadores de um inverno sem fim?
-Nossas lembranças são as rosas que te dei de presente pra que o Inverno no seu coração não desmantele sua Alma. Depois você arranja outra visitante pro seu jardim, mas nunca deixe que outros façam a jardinagem. É impossível.
-Mas eu te amo...
-Mas não. Eu Te Amo.
-Eu Te Amo.
Eu disse que sabia amar. Só disse.
E acreditei.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Que caiam os braços!
Calma criança
Deixe o dia abastecer sua alma
A criança é calma
E feliz pois permite a entrada do sol
Sem precisar permitir.
E o sol vem pelos poros
Assim como os poros vieram para o sol
Destino sem guerra
Sem raça superior
Pois se precisamos lutar tanto por um abraço
Não é nessa queda de braço que se fará o Amor
Que caiam os braços
Se não for por abraços
O nosso Amor!
Deixe o dia abastecer sua alma
A criança é calma
E feliz pois permite a entrada do sol
Sem precisar permitir.
E o sol vem pelos poros
Assim como os poros vieram para o sol
Destino sem guerra
Sem raça superior
Pois se precisamos lutar tanto por um abraço
Não é nessa queda de braço que se fará o Amor
Que caiam os braços
Se não for por abraços
O nosso Amor!
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Aura
Eu e você
Somos tão parecidos
Que nos repelimos
Quando o espelho quebra.
Mas quando fechamos os olhos pros cacos
E olhamos nossos corações
Percebemos a nossa bondade.
Quando sorrimos despreocupados
Realmente é um alvorecer mágico
Nosso sorriso
Separados
Mas entrelaçados em sensações de quase dor pelo fato da felicidade
Sempre
Se
Esvair
.
.
.
Mas você ainda está aqui guardadinha
Dentro de você...
Essa falta que eu sinto dos nossos sorrisos
Entrelaçados
É a unica corda invisível que me segura a nós
E, rezando pra que volte a sermos laço,
Me perco nessa esperança quase vazia
Vazia tal como o esperar do arrepio que anuncia
A aura de um Anjo...
Somos tão parecidos
Que nos repelimos
Quando o espelho quebra.
Mas quando fechamos os olhos pros cacos
E olhamos nossos corações
Percebemos a nossa bondade.
Quando sorrimos despreocupados
Realmente é um alvorecer mágico
Nosso sorriso
Separados
Mas entrelaçados em sensações de quase dor pelo fato da felicidade
Sempre
Se
Esvair
.
.
.
Mas você ainda está aqui guardadinha
Dentro de você...
Essa falta que eu sinto dos nossos sorrisos
Entrelaçados
É a unica corda invisível que me segura a nós
E, rezando pra que volte a sermos laço,
Me perco nessa esperança quase vazia
Vazia tal como o esperar do arrepio que anuncia
A aura de um Anjo...
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Saudade
Meu coração parece preso em meu estômago
Há uma confusão aqui dentro
Tento inventar algo pra me curar de ti
Um antídoto, um veneno, um remendo
É uma sofreguidão passageira
Mas, até que passe, é eterna
É o tempo que se passa na janela
Porém tudo congelado aqui dentro
Há mágoa em todos os cantos
Em todos os cantos cânticos de Dor
Mas não é por você, meu Amor, é por mim
Essa mágoa mesquinha por não ser merecedor
Dos seus carinhos que me acalentavam
Dos seus beijos que me amaram
O meu colo sempre seu
Mas que agora desapareceu
Por não haver mais motivos
Meu colo só existia pro seu rosto
Minha boca ainda implora pelo seu gosto
Que se esvai nos nossos olhos longínquos
Vai que o Milagre te traz de volta
Pra Eternidade ressurgir
Nas nossas melhores horas...
Seria lindo.
Há uma confusão aqui dentro
Tento inventar algo pra me curar de ti
Um antídoto, um veneno, um remendo
É uma sofreguidão passageira
Mas, até que passe, é eterna
É o tempo que se passa na janela
Porém tudo congelado aqui dentro
Há mágoa em todos os cantos
Em todos os cantos cânticos de Dor
Mas não é por você, meu Amor, é por mim
Essa mágoa mesquinha por não ser merecedor
Dos seus carinhos que me acalentavam
Dos seus beijos que me amaram
O meu colo sempre seu
Mas que agora desapareceu
Por não haver mais motivos
Meu colo só existia pro seu rosto
Minha boca ainda implora pelo seu gosto
Que se esvai nos nossos olhos longínquos
Vai que o Milagre te traz de volta
Pra Eternidade ressurgir
Nas nossas melhores horas...
Seria lindo.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Sorriso do algodão doce de mel (fel)
Distante como algo que se inventa
Pela enorme vontade de querer tanto
Você agora é distante como esse pranto
Por algo que se consegue quando se tenta
Mas não se quer, eu não te quero
Pois querer não é tão bonito quanto fluir
Entendamos a diferença entre desistir e partir
Não é possível amar enquanto tanto espero
Ame com esmero, meu Amor
Pena que eu tenha aprendido a te amar
Depois do Amor
Que seu sorriso lindo te acompanhe onde for
Que Ele note a princesa a se revelar
Mel-algodão doce
De cor.
Pela enorme vontade de querer tanto
Você agora é distante como esse pranto
Por algo que se consegue quando se tenta
Mas não se quer, eu não te quero
Pois querer não é tão bonito quanto fluir
Entendamos a diferença entre desistir e partir
Não é possível amar enquanto tanto espero
Ame com esmero, meu Amor
Pena que eu tenha aprendido a te amar
Depois do Amor
Que seu sorriso lindo te acompanhe onde for
Que Ele note a princesa a se revelar
Mel-algodão doce
De cor.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
A Poesia do Vazio
Tudo impregnado de vazio
Mas a poesia resistirá
Como o motor invisível do coração.
Que bom que gozamos,
Mas o melhor continua sendo sua mão no meu rosto
Coisa que eu esqueci de retribuir...
Na vertigem da queda quis tudo ao mesmo tempo
E após o impacto no nada ainda flutuo
Grande e amorfo
Algo indescritível mas enorme
Como um futuro
Que virá algum dia
Pra cercar a grandeza com a fôrma
Do AMOR.
Mas a poesia resistirá
Como o motor invisível do coração.
Que bom que gozamos,
Mas o melhor continua sendo sua mão no meu rosto
Coisa que eu esqueci de retribuir...
Na vertigem da queda quis tudo ao mesmo tempo
E após o impacto no nada ainda flutuo
Grande e amorfo
Algo indescritível mas enorme
Como um futuro
Que virá algum dia
Pra cercar a grandeza com a fôrma
Do AMOR.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Um vagalume num dia de sol
O carinho não se paga com carinho
O carinho não se paga
Ele flui de uma pessoa a outra
Mas carinho não é só carícia
Quem dera o fosse
Mas do amargo
Se extrai o doce
Seu Eu te Amo veio envolto em tempestades de mágoa
Porque carinho não se paga
E eu no meu egoísmo
Quis pagar pra não dever
Sem perceber que dever Amor
É o nosso melhor
Dever
O carinho não se paga
Ele flui de uma pessoa a outra
Mas carinho não é só carícia
Quem dera o fosse
Mas do amargo
Se extrai o doce
Seu Eu te Amo veio envolto em tempestades de mágoa
Porque carinho não se paga
E eu no meu egoísmo
Quis pagar pra não dever
Sem perceber que dever Amor
É o nosso melhor
Dever
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Viva o Stalin, o Hitler e o George Bush... mas prefiro o Mussum (ai cacilds!)
É a raiva que impuseram a nós
Eles, os nós de ar das engrenagens de aço
É um caos de aço e selvageria
No início desse dia.
Nunca quis revolução
Só assim pra ter uma
É um erro esperar cair no chão
Pra chorar pelo copo quebrado
As revoluções são um piada de bom gosto
Que de tão contada perde a graça
E o que fica são os beijos que não demos
Escrevendo poesias sobre revoluções
Como fluir uma revolução?
Essa palavra revolução está tão gasta
Quanto meu sapato seguindo uma alma penada
Ninguém quer uma revolução
Uma punheta tá bom pra aguentar
Essa palavra medonha e filha da puta...
Rasgar dinheiro tu não rasga não né seu filho de uma rapariga com um viado estuprado por um patrão Lindo como o Brad Pinto
Ah, o Brad Pinto, tão lindo quanto o Queanorrívis
Realmente não foi lá um ano tão legal em Taguatinga
Com esse Estado vendido pra empresários cheirados que adoram puteiros
Essa raiva impusemos a nós mesmos
Com nossos olhos cansados
De enxergar o desespero
Onde era bem mais fácil e lindo
Enxergar o Amor...
Eles, os nós de ar das engrenagens de aço
É um caos de aço e selvageria
No início desse dia.
Nunca quis revolução
Só assim pra ter uma
É um erro esperar cair no chão
Pra chorar pelo copo quebrado
As revoluções são um piada de bom gosto
Que de tão contada perde a graça
E o que fica são os beijos que não demos
Escrevendo poesias sobre revoluções
Como fluir uma revolução?
Essa palavra revolução está tão gasta
Quanto meu sapato seguindo uma alma penada
Ninguém quer uma revolução
Uma punheta tá bom pra aguentar
Essa palavra medonha e filha da puta...
Rasgar dinheiro tu não rasga não né seu filho de uma rapariga com um viado estuprado por um patrão Lindo como o Brad Pinto
Ah, o Brad Pinto, tão lindo quanto o Queanorrívis
Realmente não foi lá um ano tão legal em Taguatinga
Com esse Estado vendido pra empresários cheirados que adoram puteiros
Essa raiva impusemos a nós mesmos
Com nossos olhos cansados
De enxergar o desespero
Onde era bem mais fácil e lindo
Enxergar o Amor...
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Mais nada
Não quero falar mais nada
Sou só um poeta no canto da sala
Provando da língua que não se cala
Minha língua quer desmontar a boca selada
E no abrir das pernas fazer que não queiras mais fechá-las
Tesas, gritos, morte, leve e a Eternidade passa
Mais um vez
Na sua tez
Tesuda e muda:
Meio-fim.
Não quero falar mais água
Já que nem alguns lindos atos ficam
Muito menos ficam palavras
No mínimo escreva CORAÇÃO e sinta-o RETUMBANDO
Como um lobo seguindo o Mestre na Cavalgada do bando
E o grave do tombo da morte do mestre
Debandeia o Lobo que aprende a voar
Como um poeta-Lobo sem Mestre no canto da selva de pedra
Que não quer mais nada falar.
Sou só um poeta no canto da sala
Provando da língua que não se cala
Minha língua quer desmontar a boca selada
E no abrir das pernas fazer que não queiras mais fechá-las
Tesas, gritos, morte, leve e a Eternidade passa
Mais um vez
Na sua tez
Tesuda e muda:
Meio-fim.
Não quero falar mais água
Já que nem alguns lindos atos ficam
Muito menos ficam palavras
No mínimo escreva CORAÇÃO e sinta-o RETUMBANDO
Como um lobo seguindo o Mestre na Cavalgada do bando
E o grave do tombo da morte do mestre
Debandeia o Lobo que aprende a voar
Como um poeta-Lobo sem Mestre no canto da selva de pedra
Que não quer mais nada falar.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Graforreia do Amor
Mário e Maria corriam num campo de heterantos, tantos eram os sóis e as sombras nesse campo descampado dentro de mim. E a mente pára nos beijos de Mário e Maria, que queria que os beijos saltassem aos lábios pra se tocarem no ar e assim permanecer como almas no infinito (vomite, Davi, vomite). Ai, sabe quando a graforreia é a unica forma de expressão que chega perto da perfeição estética do Amor (Ódio. Entende?). Minhas vísceras saem para dar lugar ao seu coração, meu mais sujo e lindo Amor... nunca te darei certeza, pois certeza é pra quem não tem medo de perder algo que é tão bom que só numa graforreia mesmo. E o ponto final é só uma reticência acanhada
sábado, 16 de maio de 2015
Não
Eu não aguento mais
Amar
Desisto
A ressaca pior da minha vida
Não consigo dizer
Travados os sonhos na mente cansada
Não tenho mais nada
Porque me dei a você
E sou igual a todo mundo
Deus quando feliz
Triste, aí imundo
Fique bem agora
Com seu orgulho intacto
Você é linda mesmo, só precisa ler um pouco mais
Sinto meu coração parar quando sua beleza supera sua estupidez
Como agora
Não
Amar
Desisto
A ressaca pior da minha vida
Não consigo dizer
Travados os sonhos na mente cansada
Não tenho mais nada
Porque me dei a você
E sou igual a todo mundo
Deus quando feliz
Triste, aí imundo
Fique bem agora
Com seu orgulho intacto
Você é linda mesmo, só precisa ler um pouco mais
Sinto meu coração parar quando sua beleza supera sua estupidez
Como agora
Não
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Impressões sobre R.O.D. (e se aproxima...)
Devassa devastação
Árida como uma inundação
Desesperança no suingue do porrete
As vedetes envelheceram
Putas velhas rebolando num pôr-de-sol
E isso é lindo
Disfarço um sorriso lindo por medo de Deus concordar comigo
Que se aproxima
O reino da escuridão.
Árida como uma inundação
Desesperança no suingue do porrete
As vedetes envelheceram
Putas velhas rebolando num pôr-de-sol
E isso é lindo
Disfarço um sorriso lindo por medo de Deus concordar comigo
Que se aproxima
O reino da escuridão.
terça-feira, 5 de maio de 2015
Calabolso
Às vezes minha alma se perde nesse calabouço
Que levo no bolso
Como um patuá maligno
Me protegendo do céu.
E ela ressoa em gritos fantasmagóricos
Amplificando sua essência penada
Penas pra que te quero
Alimentando meu precipipesco ego
Principesco eco (eco!) materializado nas
Grades-cetro
Luxo de lixo pra mais de metro
Quilômetros de um reino de Dor
Eu súdito de mim mesmo
Nós súditos dos nós surdos que avisaram os cegos por sinais...
Que eu morra logo de uma vez
Pra que não mais sofra
Com os outros que me amplificam
Dentro de mim:
Ecos do calabouço.
Que levo no bolso
Como um patuá maligno
Me protegendo do céu.
E ela ressoa em gritos fantasmagóricos
Amplificando sua essência penada
Penas pra que te quero
Alimentando meu precipipesco ego
Principesco eco (eco!) materializado nas
Grades-cetro
Luxo de lixo pra mais de metro
Quilômetros de um reino de Dor
Eu súdito de mim mesmo
Nós súditos dos nós surdos que avisaram os cegos por sinais...
Que eu morra logo de uma vez
Pra que não mais sofra
Com os outros que me amplificam
Dentro de mim:
Ecos do calabouço.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Nossa cidade
É um sonho além do sonho
Uma cidade de sonhos realizados
O coração de concreto vigoroso
Materialização do nosso osso
Rijo mas não petrificado
Um mendigo mendigando por Amor
E num toque sem malícia oportunista
Simplesmente dou o que ele pediu
Não sei por que escutei ao invés de moeda, Amor...
É que tudo é permitido quando não se vai tão fundo
Como o que enfia fundo mas nunca na alma
Calma não é calma, é só o desespero fugaz
Que faz da calma só ausência de um tino
Pra enxergar a explosão
Do desespero rindo
No espelho borrado
Da lotação
É uma poesia fria e distante
A que tento aqui
Por terem me destreinado a demonstrar o Amor
Eu vejo apenas ódio e sangue
Numa terra onde ensinam a agir
Como se o prazer apagasse a íntima dor...
É você, é tudo por você
Quando me olha você me descarna
Quando te permito você se esquiva
Mas calma com o desespero que, ao anoitecer,
Ele é fugaz mas encarna
A todo momento nas luzes fugidias da esquina...
Tantas palavras só pra dizer
O quanto eu queria que você, balconista do mercado,
Soubesse que eu te amo!
O quanto o cobrador fez feliz meu dia
Quando respondeu o meu sorriso!
A cidade é linda nos seus olhos meus:
Nossos.
Uma cidade de sonhos realizados
O coração de concreto vigoroso
Materialização do nosso osso
Rijo mas não petrificado
Um mendigo mendigando por Amor
E num toque sem malícia oportunista
Simplesmente dou o que ele pediu
Não sei por que escutei ao invés de moeda, Amor...
É que tudo é permitido quando não se vai tão fundo
Como o que enfia fundo mas nunca na alma
Calma não é calma, é só o desespero fugaz
Que faz da calma só ausência de um tino
Pra enxergar a explosão
Do desespero rindo
No espelho borrado
Da lotação
É uma poesia fria e distante
A que tento aqui
Por terem me destreinado a demonstrar o Amor
Eu vejo apenas ódio e sangue
Numa terra onde ensinam a agir
Como se o prazer apagasse a íntima dor...
É você, é tudo por você
Quando me olha você me descarna
Quando te permito você se esquiva
Mas calma com o desespero que, ao anoitecer,
Ele é fugaz mas encarna
A todo momento nas luzes fugidias da esquina...
Tantas palavras só pra dizer
O quanto eu queria que você, balconista do mercado,
Soubesse que eu te amo!
O quanto o cobrador fez feliz meu dia
Quando respondeu o meu sorriso!
A cidade é linda nos seus olhos meus:
Nossos.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Forca
Não se perca daquele sonho acordado
Naquele sonho acordado
Você se perde pra achar o acordo
Entre a corda que segue
E a corda que enforca
O torniquete é uma forca que salva
E algumas pessoas são cordas perfeitas
Pra precipícios
O princípio da corda no final do precipício,
A forca perfeita:
A forca eterna
A fogo da forca-inferno
Que não queima a corda
E discorda o pescoço
Do laço.
Naquele sonho acordado
Você se perde pra achar o acordo
Entre a corda que segue
E a corda que enforca
O torniquete é uma forca que salva
E algumas pessoas são cordas perfeitas
Pra precipícios
O princípio da corda no final do precipício,
A forca perfeita:
A forca eterna
A fogo da forca-inferno
Que não queima a corda
E discorda o pescoço
Do laço.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Grotesco (pelo Amor de Devin)
Não tenho mais medo de você
Ou da Musa que vai me abortar mais tarde
Vejo a dor vermelha descer
Menstruação de uma Eva que agora invade
Meu paraíso estraçalhado pela traça
Real e cínica da paixão-labirinto
Cadê a Deusa na alcova amarrada?
Cadê a diaba no limbo lindo rindo?
Todas misturadas nos ventrículos
No esquerdo e no direito os dois canhotos
Pois sou destro e o destro não mais adestro
Não tenho mais medo dos meus óculos
Vendo o passado feliz porém roto
Arroto de uma cor que ainda enxergo.
Ou da Musa que vai me abortar mais tarde
Vejo a dor vermelha descer
Menstruação de uma Eva que agora invade
Meu paraíso estraçalhado pela traça
Real e cínica da paixão-labirinto
Cadê a Deusa na alcova amarrada?
Cadê a diaba no limbo lindo rindo?
Todas misturadas nos ventrículos
No esquerdo e no direito os dois canhotos
Pois sou destro e o destro não mais adestro
Não tenho mais medo dos meus óculos
Vendo o passado feliz porém roto
Arroto de uma cor que ainda enxergo.
terça-feira, 31 de março de 2015
A contradição do osso
O sangue que corre borbulhantemente calmo
As palavras mais sensuais tecidas tais quais salmos
O beijo suave que ativa a mais íntima fauna
E tudo lá fora já não faz a menor falta
A rede que não só arrodeia mas remenda a alma
A fogueira que ilumina a ideia distinta e clara
A língua sente o sabor da própria língua
A essência soletra a essência com própria Língua
Que o Amor impere
Que o Amor tempere
Ardido e gostoso
Que as intempéries
Apenas completem
A contradição do osso
Que a vida inteira
Seja plena e inteira
Ódio e Paixão sinceros
E que Deus não nos poupe
Nem a brisa do Céu
Nem o fogo do Inferno.
As palavras mais sensuais tecidas tais quais salmos
O beijo suave que ativa a mais íntima fauna
E tudo lá fora já não faz a menor falta
A rede que não só arrodeia mas remenda a alma
A fogueira que ilumina a ideia distinta e clara
A língua sente o sabor da própria língua
A essência soletra a essência com própria Língua
Que o Amor impere
Que o Amor tempere
Ardido e gostoso
Que as intempéries
Apenas completem
A contradição do osso
Que a vida inteira
Seja plena e inteira
Ódio e Paixão sinceros
E que Deus não nos poupe
Nem a brisa do Céu
Nem o fogo do Inferno.
Morta
Não gosto de ganhar dinheiro
Não gosto de dissimular meus sentimentos
Não gosto de acordar cedo todos os dias
Adoro gozar
Beber
Tocar guitarra
Todas as teorias sociais que tenho tido que enfrentar todos os dias
Tem me deixado triste
Os evangélicos me deixam triste com seu egoísmo apocalíptico
Os nazistas me deixam triste com seu egoísmo apocalíptico
Os comunistas me deixavam feliz com sua esperança social
Mas viraram nazistas evangélicos
Com seu egoísmo apocalíptico
Ah, mas que caralho
Enquanto há gozo e cuspe há Lady Gaga
E Leão Lobo
Ou é o Nelson Lobo
Ou é o Nelson Mota falando das suas inúmeras histórias com Elis Regina
Que
Está
Morta.
Ai que vontade de trepar.
Não gosto de dissimular meus sentimentos
Não gosto de acordar cedo todos os dias
Adoro gozar
Beber
Tocar guitarra
Todas as teorias sociais que tenho tido que enfrentar todos os dias
Tem me deixado triste
Os evangélicos me deixam triste com seu egoísmo apocalíptico
Os nazistas me deixam triste com seu egoísmo apocalíptico
Os comunistas me deixavam feliz com sua esperança social
Mas viraram nazistas evangélicos
Com seu egoísmo apocalíptico
Ah, mas que caralho
Enquanto há gozo e cuspe há Lady Gaga
E Leão Lobo
Ou é o Nelson Lobo
Ou é o Nelson Mota falando das suas inúmeras histórias com Elis Regina
Que
Está
Morta.
Ai que vontade de trepar.
quarta-feira, 25 de março de 2015
O Tudo Aceso
A Poesia me acende
É um acorde certeiro de paisagens impossíveis
Por se elevarem em estátuas
Dentro de mim
É uma mansão de sensações
É a saudade de não sei quê
É a saudade que vem antes
Do sujeito
Pra lhe dar o Amor incondicional
A saudade antes do sujeito
É a fé no nada
Que constrói o
Verdadeiro
Tudo...
É um acorde certeiro de paisagens impossíveis
Por se elevarem em estátuas
Dentro de mim
É uma mansão de sensações
É a saudade de não sei quê
É a saudade que vem antes
Do sujeito
Pra lhe dar o Amor incondicional
A saudade antes do sujeito
É a fé no nada
Que constrói o
Verdadeiro
Tudo...
Jeito Abismo
Eu não tenho jeito
Não culpe nada e ninguém
Por te puxarem pro abismo
Nós
Somos
O
Abismo
Não culpe nada e ninguém
Por te puxarem pro abismo
Nós
Somos
O
Abismo
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Um copo de nada
Às vezes escondo meu sorriso atrás do copo
Meu coração se afoga
E a tristeza se torna
A pior das drogas
Discurso sobre o mundo que não existe mais
Discurso sobre a guerra entorpecida
E o amanhã se torna o canhão disparado
Na minha própria cabeça
Na manhã que escolho inconscientemente
As mentiras que satisfazem minha mente
Fraca e difusa.
E a cachaça confunde o confuso
E o branco puro se torna um branco morto
E a vontade troca de fuso
E a paixão se torna um lindo estorvo
Prometo zilhões de estrelas
Pra minha estrela decadente
Remédios tarja preta
Que à alma nunca chegam
Corpo no tempo que profundo permeia
A alma no espaço trôpego e demente
Milhões de sonhos sem descanso
Olhar sedado mas não manso
Um monstro se afogando na escuridão-nada
Sem medo ou coragem, sem tatear o pré-esbarrão
Sem tropeçar no eterno amor
Sem sentir as cores que o escuro inspira
Apenas ausência de luz
Sem ensinamentos, só a cruz
No deserto frio da dormência...
Coração que bate sem retumbar.
Meu coração se afoga
E a tristeza se torna
A pior das drogas
Discurso sobre o mundo que não existe mais
Discurso sobre a guerra entorpecida
E o amanhã se torna o canhão disparado
Na minha própria cabeça
Na manhã que escolho inconscientemente
As mentiras que satisfazem minha mente
Fraca e difusa.
E a cachaça confunde o confuso
E o branco puro se torna um branco morto
E a vontade troca de fuso
E a paixão se torna um lindo estorvo
Prometo zilhões de estrelas
Pra minha estrela decadente
Remédios tarja preta
Que à alma nunca chegam
Corpo no tempo que profundo permeia
A alma no espaço trôpego e demente
Milhões de sonhos sem descanso
Olhar sedado mas não manso
Um monstro se afogando na escuridão-nada
Sem medo ou coragem, sem tatear o pré-esbarrão
Sem tropeçar no eterno amor
Sem sentir as cores que o escuro inspira
Apenas ausência de luz
Sem ensinamentos, só a cruz
No deserto frio da dormência...
Coração que bate sem retumbar.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Bálsamo de Solidão
Meu coração bate flutuando no escuro
Mas meus olhos não se seguram em querer vê-lo
E é aí que algo perfeito se quebra.
É que dói ser
E fecho os olhos
E sou escuro e incerto
Mas sou eu
O reflexo dentro de um brilho envergonhado que quer sair
Mas sai em conta-gotas
É pressa
Pressa de salvar meu pai
Pra me salvar
Pressa de te ter
Porque tudo se esvai
Inclusive eu...
Mas sei que se tudo se esvai
Também assim é a tristeza
Tenha calma que o se esvair
Se torna gentil e derretido com um beijo demorado
Pare de só querer gozar
Que o fim já está lá...
Aproveite o caminho.
É como se a luz não chegasse aos olhos na explosão
Um abraço de desespero não é abraço, é enforcar...
É que é difícil percorrer os túneis da minha alma
Na solidão eu desabo em mim mesmo
Tropeço nessa escada de pensamentos
Que me levam quase sempre a um poço sempre inacabado de tormentos
Pequenos tijolinhos de culpa e baixa autoestima
Mas eu sei que o sol não me abandona
Às vezes me maltrata como o tapa de um amigo
Implorando para poder acariciar.
Mas meus olhos não se seguram em querer vê-lo
E é aí que algo perfeito se quebra.
É que dói ser
E fecho os olhos
E sou escuro e incerto
Mas sou eu
O reflexo dentro de um brilho envergonhado que quer sair
Mas sai em conta-gotas
É pressa
Pressa de salvar meu pai
Pra me salvar
Pressa de te ter
Porque tudo se esvai
Inclusive eu...
Mas sei que se tudo se esvai
Também assim é a tristeza
Tenha calma que o se esvair
Se torna gentil e derretido com um beijo demorado
Pare de só querer gozar
Que o fim já está lá...
Aproveite o caminho.
É como se a luz não chegasse aos olhos na explosão
Um abraço de desespero não é abraço, é enforcar...
É que é difícil percorrer os túneis da minha alma
Na solidão eu desabo em mim mesmo
Tropeço nessa escada de pensamentos
Que me levam quase sempre a um poço sempre inacabado de tormentos
Pequenos tijolinhos de culpa e baixa autoestima
Mas eu sei que o sol não me abandona
Às vezes me maltrata como o tapa de um amigo
Implorando para poder acariciar.
Movediça
É só você
Não mais prazeres pra camuflarem a dor
Não mais o beijo do grande Amor
O eterno carnaval morreu
As mãos não tampam mais o rosto
Elas gritam pro espelho
Implorando pelo rosto
Os amigos desapareceram
Porque você desapareceu
Cadê você
Naquele beijo que não mais é seu?
Não quero mais dormir pra não ter que encarar o sol que me estapeia
Como o canto da sereia tão longe
Aqui do lado
Agora dentro
Nem mais lá fora
Não mais em mim
Eu te amo pelo que sempre quase foi
E agora que é não mais será
E estou aqui me afundando
Nesse amor-solidão
Essa areia movediça
Que se tornou meu coração.
Não mais prazeres pra camuflarem a dor
Não mais o beijo do grande Amor
O eterno carnaval morreu
As mãos não tampam mais o rosto
Elas gritam pro espelho
Implorando pelo rosto
Os amigos desapareceram
Porque você desapareceu
Cadê você
Naquele beijo que não mais é seu?
Não quero mais dormir pra não ter que encarar o sol que me estapeia
Como o canto da sereia tão longe
Aqui do lado
Agora dentro
Nem mais lá fora
Não mais em mim
Eu te amo pelo que sempre quase foi
E agora que é não mais será
E estou aqui me afundando
Nesse amor-solidão
Essa areia movediça
Que se tornou meu coração.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
$onho-frão
Eu não sou um cifR$o.
Não me olhe com esses olhos famintos
Pelas coisas que completam seu i-mundo.
Eu tenho mais gosto do que a poluição
Se sua alma virou concreto
Não queira empedrar também meu coração.
E toda sutileza foi embora,
E a correria levou dos pés o gosto pelo céu
Que só se sente quando se pára no meio da cidade-desespero
E olhamos pra cima
E SE REZA O RISO DA LOUCURA.
Hoje eu vi uma mulher dançando no meio da rodoviária
Era uma salsa,
Ela dançava com gosto de salsa,
Ela descompassava o seu terno tão alinhado quanto a porra de um ator de filme pornô americano
Silicone gozando parecendo dor...
A vontade de viver vendida por milhões
E você pode ter isso dizendo um EU TE AMO
Mas isso custaria a herança do galã da novela
O seu pragmatismo em transformar pessoas em máquinas é tão triste
Quanto uma máquina gritando de dor
Por não ter conseguido se tornar o Deus-Máquina
Pela essência ser humana, Amor.
Sabe aquela faisquinha lá dentro do prepotente que sabe que está errado?
Mate mais um concorrente e sinta a fissão nuclear.
Não me olhe com esses olhos famintos
Pelas coisas que completam seu i-mundo.
Eu tenho mais gosto do que a poluição
Se sua alma virou concreto
Não queira empedrar também meu coração.
E toda sutileza foi embora,
E a correria levou dos pés o gosto pelo céu
Que só se sente quando se pára no meio da cidade-desespero
E olhamos pra cima
E SE REZA O RISO DA LOUCURA.
Hoje eu vi uma mulher dançando no meio da rodoviária
Era uma salsa,
Ela dançava com gosto de salsa,
Ela descompassava o seu terno tão alinhado quanto a porra de um ator de filme pornô americano
Silicone gozando parecendo dor...
A vontade de viver vendida por milhões
E você pode ter isso dizendo um EU TE AMO
Mas isso custaria a herança do galã da novela
O seu pragmatismo em transformar pessoas em máquinas é tão triste
Quanto uma máquina gritando de dor
Por não ter conseguido se tornar o Deus-Máquina
Pela essência ser humana, Amor.
Sabe aquela faisquinha lá dentro do prepotente que sabe que está errado?
Mate mais um concorrente e sinta a fissão nuclear.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
E espero...
Espero
E sangra a vida em outros olhares
E se constrói a vida em outros pares
E a mensagem na garrafa percorre outros mares
Espero
E a música perfeita passa zunindo
Atrás da porta o destino rindo
Percebe que o vejo mas estou fingindo
Espero
E o esmero com a toalha de mesa aumenta
À medida que cresce a maldita tormenta
Do idiota destruir tudo com molho de pimenta
Espero
Até ela quase dizer eu te amo
Mas num suspiro dizer em pesar "eu te chamo
Mas o ramo de flores que me destes ainda é só um ramo"
Espero até a dor fechar meus olhos
E a migalha de atenção reavivar meus poros
Pra no próximo segundo não respirarem mais
Espero até o navio me trocar pelo horizonte
Mas na minha mente em algum lugar ele se esconde
Me torturando apenas com o zunido que a onda faz
Espero até você chegar aqui
Apenas por não ter pra onde ir
Apenas pelo mundo se reduzir a me amar
Espero até o esmero transfigurar-se em desespero
Evitando o sonho que se tornará pesadelo
Espero o controle certeiro de algo que nem há.
E sangra a vida em outros olhares
E se constrói a vida em outros pares
E a mensagem na garrafa percorre outros mares
Espero
E a música perfeita passa zunindo
Atrás da porta o destino rindo
Percebe que o vejo mas estou fingindo
Espero
E o esmero com a toalha de mesa aumenta
À medida que cresce a maldita tormenta
Do idiota destruir tudo com molho de pimenta
Espero
Até ela quase dizer eu te amo
Mas num suspiro dizer em pesar "eu te chamo
Mas o ramo de flores que me destes ainda é só um ramo"
Espero até a dor fechar meus olhos
E a migalha de atenção reavivar meus poros
Pra no próximo segundo não respirarem mais
Espero até o navio me trocar pelo horizonte
Mas na minha mente em algum lugar ele se esconde
Me torturando apenas com o zunido que a onda faz
Espero até você chegar aqui
Apenas por não ter pra onde ir
Apenas pelo mundo se reduzir a me amar
Espero até o esmero transfigurar-se em desespero
Evitando o sonho que se tornará pesadelo
Espero o controle certeiro de algo que nem há.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
O sentido dos rituais
(Ancestralidade)
Eu revivo o início
Envolto em túneis curtos
O trem antes anunciado
Pelo ruído do ferro
Aquele do primeiro sabre
Que veio do primeiro sangue
Que derramado, todos sabem
Foi em favor de guerra exangue
(Individualidade)
Trotando dentro do meu ser
O alazão pede passagem
Pra atravessar meu coração
Pra retomar minha viagem
Como assim pode ser tão longe
O esconderijo onde se esconde
O espirito do que eu sou
Ou o espirito que se tornou?
(Universalidade)
É lento o pranto mas salga a faca
É dentro o manto que o grito rasga
E o grave ousa tornar-se agudo
Como a criança criando o adulto
Redemoinho do universo
Conjunto de tudo, mas sempre pára:
Palavra, entulho. A força do verso
Espevita o entulho de novo
E na alma o entulho imerso
Faz a força do verso
Ser o músculo do soco
(Poesia)
O ferro antes anunciado
Pelo ruído do trem
É o sentido do amém
Antes de sacralizado.
Eu revivo o início
Envolto em túneis curtos
O trem antes anunciado
Pelo ruído do ferro
Aquele do primeiro sabre
Que veio do primeiro sangue
Que derramado, todos sabem
Foi em favor de guerra exangue
(Individualidade)
Trotando dentro do meu ser
O alazão pede passagem
Pra atravessar meu coração
Pra retomar minha viagem
Como assim pode ser tão longe
O esconderijo onde se esconde
O espirito do que eu sou
Ou o espirito que se tornou?
(Universalidade)
É lento o pranto mas salga a faca
É dentro o manto que o grito rasga
E o grave ousa tornar-se agudo
Como a criança criando o adulto
Redemoinho do universo
Conjunto de tudo, mas sempre pára:
Palavra, entulho. A força do verso
Espevita o entulho de novo
E na alma o entulho imerso
Faz a força do verso
Ser o músculo do soco
(Poesia)
O ferro antes anunciado
Pelo ruído do trem
É o sentido do amém
Antes de sacralizado.
sábado, 24 de janeiro de 2015
Rosa impossível (guerramor)
Eu sinto você morrendo dentro de mim
Murchando, indo embora
Dentro de mim
Correndo pra algum lugar
Dentro de mim
Algum lugar no qual eu não poderei mais
Ir assim
Como quem sente o Deus presente
Sem precisar rezar
Vou ter que rezar pra te encontrar
Como eu faço com a esperança
Como eu faço pra diminuir a distância
Como quando converso com a estrela.
Eu sei que é o certo
Sua deserção da nossa guerra
Em busca de um país neutro
Mas agora sou só um soldado
Com as feridas
Da nossa guerramor
Com os conceitos embaralhados
E sua foto na carteira...
Não murche,
Minha rosa impossível...
Murchando, indo embora
Dentro de mim
Correndo pra algum lugar
Dentro de mim
Algum lugar no qual eu não poderei mais
Ir assim
Como quem sente o Deus presente
Sem precisar rezar
Vou ter que rezar pra te encontrar
Como eu faço com a esperança
Como eu faço pra diminuir a distância
Como quando converso com a estrela.
Eu sei que é o certo
Sua deserção da nossa guerra
Em busca de um país neutro
Mas agora sou só um soldado
Com as feridas
Da nossa guerramor
Com os conceitos embaralhados
E sua foto na carteira...
Não murche,
Minha rosa impossível...
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Marés
Eu sou especial
Como todo mundo
Sou raso, sou profundo
Dependendo da profundidade do dia.
Às vezes quero abraçar o céu
Com meus braços de Tiranossauro Rex
Tirano de dentes afiados
Mas braços minúsculos pra abraçar
Esse azul tão lindo quanto longe.
E se o longe é um lugar que não existe
Por estar logo aqui sob meus pés
Te espero como o azul no cérebro persiste
Como um amor grandioso que insiste
Tal qual o movimento das marés...
Como todo mundo
Sou raso, sou profundo
Dependendo da profundidade do dia.
Às vezes quero abraçar o céu
Com meus braços de Tiranossauro Rex
Tirano de dentes afiados
Mas braços minúsculos pra abraçar
Esse azul tão lindo quanto longe.
E se o longe é um lugar que não existe
Por estar logo aqui sob meus pés
Te espero como o azul no cérebro persiste
Como um amor grandioso que insiste
Tal qual o movimento das marés...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Olhe o mundo
Olhe o mundo
Pessoas se esquecendo de si mesmas
E se lembrando dos outros
Sempre os outros
Os outros têm os melhores dias
Os outros têm os piores dias
Os outros, os outros, os outros...
Deixemos os outros pra lá
Que inevitavelmente, no nosso próprio mundo,
Aqui dentro nessa Terra devastada pelos outros,
Alguns outros que se importaram consigo mesmos
Esqueceram de propósito sementes de alegria...
Porque os outros que são eles mesmos
Costumam esquecer de propósito
Por não ligarem muito pra que nos lembremos deles
E tal qual uma piscadela para o infinito
Vista de passagem, numa sorte mais que menos programada
Eles provam
Que basta olhar o mundo
Para olharmos
Nós mesmos.
Pessoas se esquecendo de si mesmas
E se lembrando dos outros
Sempre os outros
Os outros têm os melhores dias
Os outros têm os piores dias
Os outros, os outros, os outros...
Deixemos os outros pra lá
Que inevitavelmente, no nosso próprio mundo,
Aqui dentro nessa Terra devastada pelos outros,
Alguns outros que se importaram consigo mesmos
Esqueceram de propósito sementes de alegria...
Porque os outros que são eles mesmos
Costumam esquecer de propósito
Por não ligarem muito pra que nos lembremos deles
E tal qual uma piscadela para o infinito
Vista de passagem, numa sorte mais que menos programada
Eles provam
Que basta olhar o mundo
Para olharmos
Nós mesmos.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Palávrimas
Como reaproximar o que está dentro
O gole na cachaça reaviva
E toda a periferia volta ao centro
Assim como o coração do lado esquerdo
Não centro
Mas centralizado
Quando se centraliza.
Me rasgo debaixo dos pneus que hão de vir
Me rasgo na faca do demônio que inventei
Te amei, te amei, te amei, te amei
Tanto que conseguir ainda sei
Te amei espelho meu
Te amei tanto que ao te abraçar te quebrei
Te amei tanto que ao abraçá-lo quebrei a imagem
Reflexo quebrado pra amar mais intimamente cada parte
Cada chá
Cada grito
Cada mentira
Cada luz que se esconde na escuridão
Cada rastejo de volta ao esgoto de veludo
Cada dor, cada lágrima nas quais me afogo agora
E não acreditei que eu poderia morrer em vida
E isso é tão óbvio.
O gole na cachaça reaviva
E toda a periferia volta ao centro
Assim como o coração do lado esquerdo
Não centro
Mas centralizado
Quando se centraliza.
Me rasgo debaixo dos pneus que hão de vir
Me rasgo na faca do demônio que inventei
Te amei, te amei, te amei, te amei
Tanto que conseguir ainda sei
Te amei espelho meu
Te amei tanto que ao te abraçar te quebrei
Te amei tanto que ao abraçá-lo quebrei a imagem
Reflexo quebrado pra amar mais intimamente cada parte
Cada chá
Cada grito
Cada mentira
Cada luz que se esconde na escuridão
Cada rastejo de volta ao esgoto de veludo
Cada dor, cada lágrima nas quais me afogo agora
E não acreditei que eu poderia morrer em vida
E isso é tão óbvio.
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