Tudo está tão vazio
Nem calor nem frio, só torpor
Não há nada mais, tudo é nada agora
Só o passar das horas
Nem escuro nem claro, só opaco
Vegetar é tudo que eu faço
Não há mais motivos pra continuar
Só o passar das horas
Como um fim de tarde, transição
Uma flor esmagada no chão
A beleza e o ódio, a tristeza e o ópio
Nada se define
É um desespero controlado
Um dia chuvoso ensolarado
Entre a vida e a morte, dentro de um caixão
Nada se define...
Valéria Dusaki
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