sábado, 25 de agosto de 2012

Perdão!

Você se esvaindo em meus braços
Afogando-se no seu choro
Eu digo, digo, mas não faço
Sentidos velados em coro

Eu não nasci pra me enganar
Mas tem horas que o inferno
Ë mais fácil do que pensar
Que o amor você faz eterno

"E se for posse, não amor?
E se for pena, não carinho?
E se for culpa e não vontade?
Obrigação sem ser saudade?
Se for só medo de ser só
E não vontade de ser dois?
Ou apenas um momentâneo nó
Que se tornará cego depois?"

Você perguntou se era sim
Sabendo ser não ou talvez
Eu fui sincero, mas vim
A me assustar com a tal vez

Que o talvez era sempre, sempre
Vai ver o egoísmo demente
Me fez pisar nessas sementes:
As lembranças que fazem a gente.


Valéria Dusaki

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