sábado, 25 de agosto de 2012

Sozinho sem mim

Sangre na alma
Morra na calma
Sua maquiagem está borrada
E sua cabeça está drogada

Triste e distante
Mesmo ali adiante
Como a mais perfeita cidade
Como o mais silencioso alarme

Veja, passou
Se foi e amou
Como o amor novo e senil
Você é o único depois de mil

O rei se vai sempre
E você é o filho
Algo bom que vai ser ruim
Enfim sozinho mas sem mim

Pedir a verdade
E se assustar com ela
A procissão que incendeia a cidade
Por causa das preces com as velas

Drogas pra sentir
E ficar dormente
Almejar a liberdade em fugir
Tendo que viver secretamente.


Valéria Dusaki

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