sábado, 25 de agosto de 2012

Muros ao poço (*)

Era só concreto e pensamentos tristes
Um presente inerte, como se apenas visse
O azul depois cinza depois vermelho
Projeções lógicas diante do espelho

Era só o vazio cheio das lembranças
Que nunca aconteceram, mortas nas lanças
Do muro grandioso da mais linda mansão
Sonhos lindos, mas quase na realização

Mas, de repente você
Mudou o rumo ao precipício
E eu, quase sem poder
Acreditar que havia resquícios
De amor.

*Título dado por Higor Sofiery


Valéria Dusaki

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