Silenciosos eles vão
Por entre a cidade morta
Olhos longe da aurora
Das púrpuras pueris horas
Rumo a outra estação
Silenciosos, simples vãos
Dedos rijos, expressões
De dor, rumo ao céu doente
Dor, mais dor. Mas dor dormente
Dor que não vira semente
Olheiras, olhos-sertões
Secos, de mil solidões
Veias roxas vejo em mim
Pelos olhos fui fisgado
Mas meu coração acuado
Se fez presente e acordado
Depois do iminente fim
Voltei a ser sol assim.
Valéria Dusaki
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