Gozo fétido
Gosto pútrido
De amor. Milhões de banhos e ainda assim
Me sinto sujo.
Vampiros sugaram minha alegria
E a ameaça do amanhecer os expulsou
E fiquei sozinho nessa noite-dia
Transição de alguém que quase não perdoou
A si mesmo.
Culpa fétida
Alma pútrida
De dor.
Toda distância vai ser pouca e a voz
E a voz rouca não se fará escutar
Desenho meus medos em telas ardentes
E o fogo irá consumi-los por inteiro
O pó do carvão se tornará sementes
Dementes-sãs dentro do meu peito.
Valéria Dusaki
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