Teias de aranha por todos os lados
Velas apagadas nos candelabros
Quadros nas paredes me causam arrepios
Parece que os olhares não são fixos
O vento na poeira causa arrepios
Mas eu estou sozinho e não fui eu
Ouço um quebrar de vidros
Vejo que uma sombra apareceu
E eu que sou ateu pensei em Deus
O medo que senti do inexplicável
Me fez ficar tão vulnerável
Que o inexplicável sensato pareceu
O clima era tão fúnebre e nefasto;
O medo quase materializado...
Parece que ele estava me olhando
Na espreita, só esperando em algum canto
Nas escadas, panos negros pareciam
Que iriam avançar em mim
Lá em cima, no escuro, vultos riam
Mas eu falei que iria até o fim
Foi quando a casa toda veio abaixo
Me vi sendo levado pelas trevas
E perseguido pelas sentinelas
Da casa que o chão era o telhado.
Valéria Dusaki
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